DevSecOps

10 fev, 2017

Dezenas de apps para iPhone estão vulneráveis a ataques man-in-the-middle

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Dezenas de aplicativos populares para iPhone estão vulneráveis a ataques que podem permitir que hackers interceptem e roubem dados potencialmente confidenciais e criptografados. As descobertas, divulgadas em um blog na segunda-feira, apontam que os aplicativos com bugs podem representar pelo menos 18 milhões de downloads.

De acordo com o ZDNet, entre os 33 aplicativos identificados, o Uconnect Access pode vazar nomes de usuário e senhas, permitindo que um invasor interfira com o veículo de um usuário; Huawei HiLink pode vazar dados do dispositivo; e dados de geolocalização e até mesmo batimentos de teclas podem ser interceptados pelos usuários do Cheetah Browser.

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Mais de 40 aplicativos foram confirmados como de médio ou alto risco de ataques man-in-the-middle, permitindo que um atacante intercepte credenciais de serviços financeiros ou médicos.

Os aplicativos afetados não foram identificados imediatamente, mas estão sujeitos a um período de divulgação responsável de dois ou três meses, durante o qual os desenvolvedores devem corrigir o problema.

Código de rede mal implementado por desenvolvedores significa que o aplicativo vai aceitar qualquer certificado para estabelecer uma conexão criptografada, de acordo com Will Strafach, executivo-chefe do Sudo Security Group que divulgou o problema.

Um criminoso no raio de alcance de um dispositivo vulnerável poderia enganar o aplicativo para aceitar seu certificado, permitindo-lhe extrair quaisquer dados para e do aplicativo. Pior ainda, o recurso de segurança de transporte de aplicativos da Apple não bloqueará o certificado do atacante porque ele vê uma conexão criptografada válida.

“E não é como se a Apple pudesse ajudar”, disse Strafach. Se a empresa bloqueasse a falha de segurança, poderia tornar os aplicativos para iPhone e iPad menos seguros, já que os aplicativos substituiriam a fixação de certificados, um recurso de segurança que evita a representação usando certificados fraudulentos. “O ônus recai exclusivamente sobre os próprios desenvolvedores de aplicativos, que devem garantir que seus aplicativos não fiquem vulneráveis”, concluiu Strafach.