Carreira Dev

21 mar, 2014

Consumo de conteúdo no mobile ultrapassa tempo na frente da TV no Brasil e nos EUA

Publicidade

Pela primeira vez, o tempo diário gasto em dispositivos móveis foi superior ao consumo de TV no Brasil e nos Estados Unidos, segundo o estudo AdReaction, realizado pela Millward Brown neste ano.

Os norte-americanos passam 151 minutos por dia em seus smartphones e aproximadamente 147 na frente da TV. No caso dos brasileiros, os usuários ficam, em média, 149 minutos no smartphone, ante 113 minutos na frente da TV. E os números são ainda maiores em outros países. Os consumidores chineses gastam 170 minutos com seus smartphones, quase o dobro do tempo que utilizam para assistir à televisão.

Mobile-Users

De acordo com a pesquisa, o smartphone acabou se tornando a primeira tela no mundo inteiro, mas os usuários também estão assistindo a múltiplas telas simultaneamente, tendência global que é mais evidente na China.

“Trata-se de um fenômeno recente a ligação das pessoas a seus celulares enquanto assistem à TV”, disse Jonile McGoldrik, diretora de pesquisa da Millward Brown. “O padrão é que eles digitem algo no smartphone”.

A agência classifica o tempo gasto em duas telas simultâneas em dois pontos: quando os conteúdos consumidos não têm relação entre si (navegar no Facebook durante seu programa favorito); e quando os conteúdos se cruzam (fazer uma busca pela atriz do programa).

No mundo, particularmente na Ásia, os consumidores são muito mais propensos a consumir conteúdos “sincronizados” do que nos Estados Unidos. Somente 30% do tempo dos norte-americanos são gastos com conteúdo relacionado. Os índices na China, Japão, Indonésia e Coréia do Sul são todos mais altos: aproximadamente 60% dos usuários passam seu tempo consumindo conteúdo relacionado ao que veem na televisão.

Fora dos EUA, os consumidores estão muito mais receptivos a anúncios em seus dispositivos. Portadores de smartphones na Ásia responderam de maneira mais favorável aos anúncios do que consumidores americanos.

Quando o assunto é anúncio para mobile, usuários globais de smartphones estão abertos a vídeos curtos. “O vídeo mobile vai explodir”, afirmou McGoldrick. Ela observou que os dados da agência estão mostrando que outros mercados estão utilizando os microvídeos de maneira mais eficaz.

Apesar do crescimento de telas mobile nos EUA, o investimento em anúncios para essa plataforma não emplacou. Smartphones e tablets são responsáveis por 44% do tempo diário dos usuários americanos em telas. Mas o investimento nesses dois dispositivos atinge apenas US$ 18,9 bilhões, bem menos do que os US$ 70 bilhões gastos em TV, segundo o eMarketer (a Millward Brown não rastreia o investimento em mídia global em cada tipo de dispositivo).

McGoldrick acrescentou que anunciantes nos EUA provaram que não são capazes de produzir conteúdo de vídeo consistente e relevante para mobile, especialmente conteúdo que explora o uso de múltiplas telas. “Como resultado, o vídeo soa mais como uma interrupção”.

A Millward Brown entrevistou mais de 12 mil portadores de mobile, com idades entre 16 e 44 anos, em 30 países diferentes, questionando sobre o consumo de anúncios em TVs, laptops, smartphones e tablets.

Com informações de Proxxima