Engenheiros australianos provaram que uma versão quântica de um código computacional pode ser escrita e manipulada utilizando-se dois bits quânticos em um microchip de silício.
O resultado foi alcançado por especialistas em computação quântica da Universidade de New South Wales, que afirmaram que esse avanço removeu dúvidas sobre como esse tipo de operação pode ser confiável o suficiente para permitir que computadores quânticos se tornem uma realidade.
O código quântico escrito por eles foi construído sobre o fenômeno “emaranhado quântico”, no qual partículas sub-atômicas ficam tão entrelaçadas que acabam compartilhando as mesmas propriedades, mesmo quando estão separadas.
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Isso permite fenômenos contraintuitivos, como a medida e uma partícula que afeta outra instantaneamente, mesmo que eles estejam em extremos opostos do universo.
De acordo com a UNSW, físicos vêm lutando para estabelecer um limite claro entre o mundo cotidiano e o quântico. Por 50 anos, o melhor guia para esse limite foi o teorema “Desigualdade de Bell”, que diz que nenhuma descrição local do mundo pode reproduzir todas as previsões da mecânica quântica. O teorema exige o “teste de Bell”, um rigoroso teste para verificar se duas partículas estão entrelaçadas.
A desvantagem desse teste é que ele é extremamente imperdoável: qualquer imperfeição na preparação, na manipulação e no protocolo de leitura vai fazer com as partículas falhem no teste, disse o Dr. Juan Pablo Dehollain, associado de pesquisa UNSW. Ele acrescentou que foram capazes de passar no teste, tendo obtido a maior pontuação já registrada em um experimento.
Com informações de CIO