O governo federal brasileiro vai investir R$ 440 milhões com o objetivo de fortalecer as ações na área de nanotecnologia até 2014. Segundo antecipado pela Agência Brasil, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), um conjunto de medidas para criar, integrar e fortalecer as atividades do setor, com foco na inovação.
A iniciativa tem por meta aproximar a infraestrutura acadêmica e as empresas, fortalecendo as relações entre pesquisa, conhecimento e setor privado. Entre as ações da IBN está a reestruturação do Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), que terão prioridade nas políticas públicas de apoio à infraestrutura e formação de recursos humanos. Das 50 propostas apresentadas por instituições e universidades de todo o país, 26 foram selecionadas para integrar o sistema.
Formado por unidades especializadas e multiusuárias de laboratórios, voltadas para pesquisa, desenvolvimento e inovação em nanociências e nanotecnologias, o SisNano visa a mobilizar as empresas instaladas no Brasil e apoiar suas atividades, além de reforçar a infraestrutura existente e universalizar o acesso à comunidade científica.
Segundo o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do ministério, Flávio Plentz, os laboratórios do SisNano receberão recursos para operar de maneira “aberta ao uso”, tanto para pesquisadores e empresas. “Vai modificar muito o ambiente da nanotecnologia no Brasil. Porque, agora, eles (os laboratórios) vão estar à disposição para desenvolvimento e vão ter o compromisso de ser laboratórios abertos onde as pessoas poderão entrar, contratar desenvolvimento ou colocar as suas equipes ou os seus pesquisadores lá dentro fazendo o desenvolvimento”, disse Plentz.
O SisNano é formado por duas categorias: os laboratórios estratégicos, ligados ao MCTI e aos órgãos públicos, nos quais 50% do tempo de uso dos equipamentos deverá ser disponibilizado a usuários externos, e os laboratórios associados, localizados em universidades e em institutos de pesquisa, deverão oferecer 15% do tempo a pesquisadores e empresas de fora da instituição.
A nanociência é capaz de manipular, sintetizar ou modificar a matéria em uma escala de tamanho de nanômetro, que é 1 bilionésimo do metro. Tudo que se faz em termos de modificação, manipulação ou síntese de materiais nessa escala é considerado nanotecnologia.
Com informações de Computerworld