Tecnologia

19 set, 2014

Brasil fica em 43º lugar em ranking de inovação da Qualcomm

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A Qualcomm Brasil anunciou o resultado geral do QuISI (Índice Qualcomm da Sociedade da Inovação), estudo que tem como objetivo medir o grau de adoção, assimilação e uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na sociedade como matéria prima para a inovação. O Brasil obteve 29,04 pontos no QuISI Total de uma base de 100, índice obtido a partir do cruzamento das três etapas da pesquisa: QuISI Pessoas e Conectividade; QuISI Empresas e Internet das Coisas e QuISI Governo e Inovação.

“O objetivo desta pesquisa é colaborar com informação relevante que permita conhecer melhor os fatores que estimulam a inovação, o estado desses fatores no Brasil, compará-los com outros países e provocar o diálogo para incentivar a inovação como elemento vital de evolução social e econômica do país”, disse Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina.

No QuISI Governo, o Brasil obteve 51,54 pontos, melhor desempenho em todo o estudo, superior ao âmbito Pessoas (18,21) e Empresas (30,3). Nesta dimensão, é avaliado o uso de TICs na esfera pública brasileira, analisando gerenciamento e fornecimento de serviços para cidadãos e negócios, além do grau de adoção dessas tecnologias na Saúde e na Educação. O índice obtido pelo Governo indica um bom grau de conectividade, levando em conta que o uso de Internet por órgãos governamentais é quase universal, alcançando 100% nos níveis federal e estadual, e 99,82% no nível municipal. As áreas de melhoria estão relacionadas com interoperabilidade, conectividade nos setores de Saúde e Educação e a necessidade de se expandir a oferta de serviços online nos níveis estadual e municipal.

O QuISI Inovação cobre 73 países, incluindo os mais importantes do cenário econômico global. Neste ranking, o Brasil obteve 18,36 pontos de um total de 100, colocando-se na posição 43 entre os 73 pesquisados. Os primeiros são os Estados Unidos, com 61,58 pontos. Com essa pontuação, o Brasil obtém a terceira colocação entre 20 países da América Latina e do Caribe (atrás de Chile e Panamá), mas apenas a quarta colocação entre os BRICS (atrás de China, Rússia e África do Sul). Esse índice avalia o grau de assimilação e inovação por meio de três elementos: Capital Humano, Indústria e Propriedade Intelectual. O déficit mais importante indicado pelo índice é o desenvolvimento do capital humano. Nesse quesito, o Brasil tem a pior pontuação da pesquisa. A taxa de matrículas em instituições de ensino superior é de apenas 30%, colocando o Brasil na posição 57 de 73 países.

Com relação à Indústria, o investimento do Brasil em P&D está dentro da média dos 73 países analisados: 1,21% do PIB (Produto Interno Bruto). No entanto, a proporção está distante dos líderes e está 3,5 vezes menor do que a do primeiro colocado, Israel, que aloca 4,39% do PIB para investimentos em P&D.

O Índice Propriedade Intelectual é onde o Brasil tem o melhor desempenho entre os indicadores de inovação, mas o País ainda está bem atrás dos líderes. O Brasil está em 11o em pedidos de patentes por residentes, 7o em pedidos de patentes por não residentes e 4o em pedidos de registros de marcas.