Uma tela voadora, na qual os bits são pequenos drones de formato retangular que voam de forma coordenada. É apenas um conceito – similar ao da argilotrônica – de resolução ainda muito baixa, mas com algumas funcionalidades interessantes. Calvin Rubens e seus colegas da Universidade Queens, no Canadá, chamam seus bits voadores de “BitDrones”.
O sistema já possui uma interface primária, que permite operações como clicar, arrastar e soltar, além da digitação de comandos em bitdrones especiais de controle.
De acordo com a equipe, esses são “os primeiros passos rumo à criação de uma matéria programável autolevitante” – espécie de matéria artificial cujo formato pode ser reconfigurado de forma programável.
“Os BitDrones trazem para mais perto da realidade a matéria programável voadora, como a mostrada no filme futurístico da Disney Big Hero 6“, disse o professor Roel Vertegaal, orientador do trabalho.
Cada bit é formado por um minidrone com uma armação aramada em volta, além de LEDs para sinalização. Todos voam de forma coordenada, controlados por conexões sem fios.
Esse enxame robótico é formado por três tipos de indivíduos: PixelDrones, equipados com LEDs e uma pequena tela, ShapeDrones, com uma grade em volta que os torna adequados para a montagem de objetos maiores, e DisplayDrones, equipados com uma tela sensível ao toque e uma câmera.
O sistema rastreia os movimentos das mãos do usuário no ambiente, permitindo a manipulação desses “voxels” no espaço – um voxel é um pixel tridimensional.
“Nós chamamos isso de interface de ‘Realidade Real’, em vez de ‘Realidade Virtual’. É isto que a distingue de tecnologias como a Microsoft HoloLens e os Oculus Rift: você pode realmente tocar esses pixels e vê-los sem um capacete”, disse Vertegaal.
Embora esse primeiro protótipo consiga lidar apenas com alguns poucos BitDrones grandes, a equipe afirma já estar trabalhando para miniaturizar os PixelsDrones e desenvolver um sistema que permita controlar milhares deles.
A ideia é que cada PixelDrone tenha aproximadamente 1,5 centímetro de largura, criando uma matéria programável de resolução mais aceitável.
Talvez isso possa fazer o conceito aproximar-se um pouco mais da holografia, que ainda sofre com a falta de uma estrutura de tela para mostrar objetos em 3D.
Com informações de Inovação Tecnológica