Confirmando os rumores das últimas semanas, a Apple lançou hoje dois iPhones: o iPhone 6, que ficou maior e mais fino, e o iPhone 6 Plus, uma versão ainda maior do aparelho.
O iPhone 6 possui tela de 4,7 polegadas e o iPhone 6 Plus tem display 5,5 polegadas – as telas de ambos vêm com tecnologia Retina HD, com 1 e 2 milhões de pixels, respectivamente.
Os novos iPhones são os mais finos na história dos smartphones da Apple: são 6,9 mm para o iPhone 6 e 7,1 mm para o iPhone 6 Plus – O 5S tinha 7,6 mm.
Ambos os gadgets trazem um novo recurso de software: com dois toques no botão home, toda a tela vem para baixo para que o usuário possa tocar no topo da tela sem precisar utilizar as duas mãos para isso. Eles rodam o iOS 8, que vem com novas funções. Os destaques ficaram para o teclado, que “aprende” a escrever de acordo com o estilo do dono, e ajuda o usuários a responder de acordo com seu próprio estilo. Além disso, nas mensagens de texto poderão ser incluídas mensagens de voz, vídeo e até localização.
Eles vêm equipados com processador A8 de 64-bit, a segunda geração dele, e a GPU terá desempenho 50% superior à do iPhone 5S. De acordo com a Apple, o iPhone 6 é 50 vezes mais potente do que o iPhone original, apresentado em 2007.
A empresa também falou sobre o Metal, uma engine de games e 3D. É uma boa notícia para desenvolvedores, que poderão tirar o máximo de proveito do novo processador. A Apple utilizou o jogo Vain Glory para demonstrar o desempenho da nova GPU com o Metal.
Outro quesito modificado nos novos aparelhos foi a bateria. Segundo a empresa, a bateria do iPhone 6 Plus promete 12 horas de uso direto do 3G, e a do iPhone 6 10 horas de duração no 3G. Para efeito de comparação, o iPhone 5S segurava apenas 8 horas de uso direto do 3G.
O chip M8 da Apple também ganhou novidades: ele agora é sensível a ponto de diferenciar se o usuário está andando com o celular no bolso ou de bicicleta, por exemplo.
Em relação à câmera, ela continua com os 8 megapixels, mas traz uma nova geração do sensor iSight. Além disso, o foco automático ganhou mais velocidade e o flash com duas luzes foi redesenhado, mas ainda garante uma iluminação perfeita para a foto, segundo a Apple. O processador A8 ajuda na detecção de rostos para tirar fotos com família e amigos com mais facilidade.
O iPhone 6 possui estabilização digital de imagens, mas o iPhone 6 Plus tem estabilização óptica, que confere maior qualidade às fotos tiradas no escuro e também funciona para vídeos.
O iPhone 6 será vendido por US$ 199 (16 GB), US$ 299 (64 GB) e US$ 399 (128 GB). Os preços se referem a contratos de dois anos com operadoras americanas. Ele estará disponível nas cores cinza, prata e dourado. iPhone 6 Plus custará a partir de US$ 299. Não há informações sobre a chegada dos aparelhos ao Brasil, mas a Apple informou que, até o fim do ano, eles serão disponibilizados em mais 115 países.
Apple Pay
A empresa também apresentou um novo processo de pagamento, batizado de Apple Pay, que transforma o iPhone em um cartão de crédito.
Para utilizar o sistema, é só encostar o aparelho em um terminal. O pagamento acontece por NFC e as informações de compra do usuário são criptografas por padrão.
Para realizar pagamentos com o iPhone, o usuário precisa apenas tirar uma foto do cartão de crédito/débito e conseguir a autorização do seu banco. Em caso de roubo, é possível desativar o recurso de pagamento pelo Find My Phone, tornando desnecessário o cancelamento de cartões após um assalto.
Nos EUA, o Apple Pay tem parceria Com American Express, Mastercard e Visa, e 220 mil locais têm parcerias com a Apple para usá-lo. Entre os locais que já o aceitam estão todas as App Stores, vários restaurantes e a Disney, além de vários e-commerces nos EUA, como o Groupon.
O recurso estreia em outubro nos EUA, e sua API será disponibilizada para desenvolvedores.
Apple Watch
A Apple também lançou seu amplamente aguardado smartwatch, que recebeu o nome de Apple Watch.
Com design quadrado, ele traz opções de pulseiras metálicas, em couro ou de borracha e uma precisão de 15ms. Além disso, o usuário conta com várias opções para a interface da tela.
De acordo com a empresa, o aparelho possui um sistema que foi construído do zero para caber perfeitamente no relógio. Ele possui tela em safira, permite que o usuário responda a SMS e inicie chamadas.
Um dos grandes atrativos do smartwatch é o Digital Crown, um botão físico parecido com o de relógios tradicionais. Com ele, é feita boa parte da usabilidade do aparelho. É possível girá-lo para dar zoom ou mesmo navegar pela tela; ao pressioná-lo, o usuário vai para a home do sistema. Além disso, sensores no interior do aparelho conseguem detectar quando o usuário está olhando para a tela, ativando suas principais funções.
É válido ressaltar que o relógio é touchscreen, permitindo ações como a escolha dos conteúdos e a realização de desenhos simples. Sensores localizados abaixo do display reconhecem com precisão a diferença entre um pressionamento e um simples toque, gerando reações diferentes.
O aparelho, além de “ouvir” o que o usuário diz, é capaz de perceber suas emoções, por meio da pulsação, podendo usar essas informações para melhorar ainda mais a sua experiência. Ele também traz integração com o Maps, tornando possível ter um mapa em “tempo real” no pulso, que acompanha cada passo do usuário, impedindo que ele se perca. Ainda há integração com Facebook, Twitter, empresas de aviação, hotéis, entre outros.
O Apple Watch será disponibilizado em dois tamanhos diferentes, além de acabamentos variados: Apple Watch, o “padrão”, Apple Watch Sport, a versão esporte do aparelho, e Apple Watch Edition, que é uma edição especial e mais requintada.
O relógio também é integrado com o Siri, assistente por voz dos demais dispositivos da Apple. Assim, basta “perguntar” ao relógio sobre questões e informações, que ele responde rapidamente. No exemplo dado na demonstração, é perguntado sobre os filmes que estão em cartaz, e o aparelho mostra diversas opções. Ao tocar em uma, aparecem diversas informações muito bem distribuídas na telinha.
A Apple ainda deu grande destaque à capacidade do relógio de “perceber” sobre o estado do usuário, como suas pulsações e localização. Assim, anunciou aplicativos não só para cuidar da saúde, mas também para ajudar nos exercícios.
O gadget só pode ser utilizado junto com um iPhone, mas vai funcionar com o recém-lançado Apple Pay. O aparelho chega aos EUA no começo de 2015 e custará US$ 349.