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11 jun, 2014

10 passos para construir um aplicativo móvel de sucesso

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Se você é um empreendedor ou um dos muitos desenvolvedores que estão em busca de um lugar ao sol no mundo dos aplicativos móveis, saiba que, embora exista uma forte concorrência, é possível obter sucesso neste mercado que passará a ser cada dia maior. A primeira pergunta que você deve se fazer quando começa a pensar em desenvolver um aplicativo para soltá-lo no mercado é: por que quero construir esse aplicativo?

As respostas podem variar entre: quero aproveitar a onda de outros empresários, tenho um problema que sei que posso resolver, conheço pessoas que têm determinado problema e com o uso de um aplicativo móvel isso poderia ser solucionado, entre outras. A resposta a esta questão fundamental irá determinar se o aplicativo vai ser bem sucedido ou não e se vale a pena desenvolvê-lo.

A seguir vou enumerar uma série de passos (que podem ser chamados ainda de objetivos ou metas) para que você possa iniciar no desenvolvimento de aplicativos móveis com sucesso. Mas é importante notar que tais passos podem não funcionar para todos os desenvolvedores. Estes são passos básicos, mas fundamentais. Entretanto, a partir dessa pequena lista, adapte o cenário e estratégia para sua realidade. O importante é começar.

Passo 1: Ter uma ideia ou um problema a ser resolvido

Se você já tem uma boa ideia para um aplicativo, passe para o segundo passo. Se não, continue a ler. Caso queira criar um aplicativo, mas não têm uma ideia do que fazer, pense da seguinte forma: o que você realmente precisa resolver com seu aplicativo são problemas, e eles estão em toda parte!

Os empreendedores bem sucedidos resolvem problemas de uma forma que ninguém poderia ter imaginado. Quando olhar ao redor, cada produto e serviço que usamos atualmente foram criados para resolver um problema. Assim também é na vida real: quem deseja ir de um lugar para outro mais rápido, utiliza um carro. Para ir de um país para o outro mais rápido, utiliza avião.

Sendo assim, procure por problemas em sua vida diária ou então na vida das pessoas com quem você convive e liste cada um deles, mesmo que inicialmente essa listagem pareça uma coisa exaustiva. Esgote todas as possibilidades, pois em algum momento você chegará a pensar em como poderia resolver todos esses problemas e, por exclusão, ficará em sua lista apenas os aplicativos que fazem mais sentido até que na peneira reste apenas o (ou os, quem sabe) aplicativo que vai sair do papel.

Passo 2: Identifique as reais necessidades

Para validar a real necessidade de outros usuários (e não apenas o problema que você, ou um conhecido, tem, listado no passo anterior), no mundo real, é possível utilizar a ferramenta do Google, Keyword Planner, que irá ajudá-lo a definir o nicho de pessoas que procuram por aquilo que você está tentando fazer. Também é possível criar uma página que destaque sua ideia de aplicativo com a finalidade de buscar por usuários interessados (talvez até mesmo através de uma campanha do tipo “seja um testador beta”, ou através de um formulário de inscrição para cadastro de interesse). Isso irá medir a quantidade de interessados.

Nem por isso deixe de fazer publicidade do seu aplicativo neste momento. Você não precisa enumerar neste momento todos os recursos que a primeira versão do aplicativo deve possuir, mas ao invés disso, deve dizer que este resolverá os problemas relacionados a determinada área ou problema, como forma de gerar interesse do usuário. A quantidade de interessados poderá ajudar a medir o interesse e o respectivo sucesso do aplicativo quando lançado.

Passo 3: Defina as características do aplicativo

Medir o interesse dos usuários em seu aplicativo significa também analisar quais pessoas querem usá-lo e porquê. Este é o momento para detalhar os recursos básicos do seu produto em um documento, ou pode ir ainda um passo além, desenhando a parte visual para identificar como o aplicativo será organizado, utilizando uma ferramenta wireframe para criação do protótipo.

Ao desenhar sua ideia, lembre-se de ser o mais detalhado possível. Inclua o fluxo de como o utilizador vai navegar no aplicativo, que menus irá possuir, bem como todas as características que o aplicativo pretende ter (mesmo que elas não sejam todas implementadas de imediato na primeira versão). Isso ajudará durante o desenvolvimento da ferramenta (que afinal de contas pode ser uma tarefa dividida com um amigo ou mesmo por alguém contratado para isso) de forma que seja possível entender – e atender – claramente as expectativas para o aplicativo.

Passo 4: Remova recursos não-essenciais

Com o documento de especificação básica e recursos criado, comece a olhar atentamente para as características que você pode remover. Ofereça apenas os recursos centrais da sua ideia principal para o aplicativos. Mesmo que essa remoção seja temporária, para a primeira versão. Não construa recursos super incríveis e demorados de implementar logo na primeira versão, pois estes sempre podem ser adicionados mais tarde como uma atualização (o que deixará ainda os usuários muito felizes com a evolução do produto). Isso ajudará a manter baixos os custos iniciais de desenvolvimento e também ajudá-lo a chegar ao mercado mais rápido.

Passo 5: Design em primeiro lugar

Tenho ouvido muitos empresários dizendo que querem um projeto ultra básico e querem se concentrar apenas no montante de recursos do aplicativo, dizendo que os recursos são mais importantes do que o visual. Eles estão errados! O design do aplicativo não é apenas como seu aplicativo se parece, mas é a principal informação sobre como um usuário irá experimentar o uso do aplicativo. Vinod Khosla da Khosla Ventures explica: “O design é uma forma de tornar a tecnologia útil”. Portanto, procure um desenvolvedor que coloca projeto (experiência do usuário e gráficos) em primeiro lugar. Tome como exemplo os sucessos das lojas de aplicativos: os joguinhos viciantes e de design encantador, os utilitários que resolvem sua vida e são muito bonitinhos visualmente (posso citar entre os aplicativos com design encantador, Waze, Moovit, 99Taxi etc.). Seus criadores estão muito preocupados com o visual além dos recursos, o que é uma boa aposta.

Passo 6: Contrate um designer/programador profissional

Caso você não seja bom em designer ou mesmo nem seja desenvolvedor (talvez você seja somente o empreendedor por trás da ideia), não contrate um amigo que você soube que sabe programar. Procure por uma empresa de desenvolvimento que tenha um grande talento em design e uma equipe de desenvolvimento sólida. Caso vá contratrar um desenvolvedor particular, verifique sua credibilidade e os aplicativos criados por ele. Se você realmente gostou de um aplicativo criado pela empresa ou pelo desenvolvedor, as chances são muito boas de que este profissional ou empresa possa ser o caminho certo para o seu produto.

Lembre-se de que o valor do serviço pode medir também o valor do seu sucesso. Sei que as startups começam com pouco ou nenhum dinheiro. Mas o investimento é o primeiro passo para o retorno. Não economize para ter sucesso.

Passo 7: Crie contas de desenvolvedores

Atinja um nível mais profissional, ao registrar uma conta de desenvolvedor nas lojas de aplicativos para as quais deseja desenvolver. Desta forma você será capaz de vender seu aplicativo através de sua plataforma. Uma conta na Play Store, loja do Google custa US $25 em taxa única e na AppStore, da Apple custa US$99 por ano. Você tem a opção de registrar-se como um indivíduo ou como uma empresa, caso já tenha iniciado a sua.

Passo 8: Integre ferramentas de análise

Ferramentas de análise ajudam a controlar a quantidade de downloads, o interesse por parte dos usuários e a taxa de retenção atingida por seu aplicativo móvel. Certifique-se de usar ferramentas como Flurry, que está disponível gratuitamente e irá ajudá-lo e mensurar o uso do aplicativo, potenciais problemas e medir o desempenho geral e experiência de uso da sua criação. Outra ferramenta interessante e útil é o Localytics, que possui uma versão gratuita e outra paga. Você pode testar a ferramenta na versão completa por 30 dias para verificar se vale a pena pagar por sua licença de uso em seus aplicativos.

Passo 9: Obtenha feedback de forma rápida e improvise

Uma vez que a casa de seu aplicativo será as lojas online, o comportamento do primeiro conjunto de clientes/usuários lhe dará uma visão geral sobre como melhorar e aumentar o valor agregado da sua ferramenta. Melhorias e mudanças são constantes, então fique de olho no feedback do usuário e em caso de erros ou sugestões simples de serem implementadas, improvise soluções de forma a aumentar a qualificação da sua ferramenta nas lojas de aplicativos. Isso tornará sua ferramenta mais bem posicionada em casos onde podem existir mais de uma no mesmo segmento.

Passo 10: Introduza gradativamente novos recursos

Caso você tenha construído uma versão do aplicativo com recursos limitados e básicos inicialmente, agora é o momento de avaliar e introduzir mais recursos entre os que ficaram de fora na versão inicial. Você vai saber através das ferramentas de análise e feedback dos usuários se os recursos pensados inicialmente ainda são relevantes. Caso outros recursos sejam necessários, inclua-os no documento de especificação, para que você tenha uma organização estrutural do seu aplicativo para registrar e documentar sua evolução.

Lembre-se ainda de manter uma versão gratuita do seu aplicativo para uso geral e uma versão profissional com mais recursos (e um valor atraente, é claro) para que, desta forma, usuários que vêem valor em seu aplicativo gratuito e desejam obter mais vantagens, gerem receita para pagar seu desenvolvimento. Esta também será uma boa forma de avaliar o sucesso do seu aplicativo.

Conclusão

É sempre útil ter algum lugar por onde começar. As etapas apresentadas aqui não são sagradas, mas, antes de tudo, são um guia para a construção de seu aplicativo de forma mais eficaz e organizada. Uma vez que você esteja pronto para começar, também deve saber que a construção técnica de um aplicativo móvel é a parte mais fácil. Conseguir clientes é onde mora o verdadeiro desafio.