Marketing Digital

20 nov, 2014

Cinco insights sobre assessorias que migram para content marketing

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Conversei recentemente com Eliana Paschoalin. Ela é diretora da Prática de Consumo e Comunicação de Marca da Burson Marsteller Brasil, agência que, acompanhando o movimento global, hoje migra do modelo original de assessoria de imprensa para um modelo mais amplo, que é o content marketing.

Sim, há uma grande diferença entre a Burson e a grande maioria das agências brasileiras – refiro-me ao tamanho. A Burson faz parte do seleto grupo de agências de grande porte. Entretanto, o momento de transformação é rigorosamente o mesmo para todas.

A conversa originou o podcast, que você pode ouvir aqui:

O bate-papo com a Eliana me rendeu cinco insights sobre o momento do mercado de comunicação sobre os quais vale a pena refletir:

  1. A migração de assessoria de comunicação para content marketing é uma demanda que vem muito mais do público do que da empresa. Quero dizer: quem demanda esse novo tipo de comunicação é o consumidor, aquele que compra os produtos ou serviços do assessorado. Ampliar a atuação é uma opção que a agência pode (e deve) apresentar para o seu cliente.
  2. As agências estão atentas à diversidade de redes sociais, mas priorizam o Facebook por ser a mais popular (e populosa). No entanto, ainda há uma certa monocultura de Facebook no Brasil. Muita gente ainda acredita que toda empresa deva estar obrigatoriamente no Facebook, quando, na verdade, é preciso fazer um plano de comunicação para cada marca. Só depois de uma análise cuidadosa, é que deve ser tomada a decisão sobre cada plataforma. Facebook, inclusive.
  3. Mensurar resultados nas mídias sociais é mais fácil do que na mídia tradicional. No entanto, as empresas têm dificuldade para aferir a conversão em negócios. Esse talvez seja o próximo grande desafio.
  4. Uma parcela dos empresários e executivos ainda tem aquela cultura de propaganda. Os assessorados querem falar mais de si mesmos do que compartilhar conhecimento. Um dos trabalhos da agência é educar esse cliente, para que ele veja vantagens em publicar conteúdo sobre aquilo que eles sabem, e não do que vendem.
  5. As agências precisam evoluir no estudo do público-alvo. Faz-se com frequência uma classificação do público por gênero, classe social, idade etc. Esse modelo é antiquado. As empresas precisam fazer a classificação por comportamento. Quem fizer isso vai se dar muito bem neste novo momento da comunicação corporativa.