Marketing Digital

30 mar, 2016

O alcance orgânico morreu e você precisa parar de chorar!

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Virou rotina reclamar da constante queda no alcance orgânico do Facebook. É um tal de “mídias sociais estão mortas” para todo lado; um tom de revolta e velório toma conta do profissional de mídias sociais que não consegue entregar relatórios brilhantes recheados de números fantásticos (ao menos para ele), que não agregam em nada ao órgão mais vital do negócio: o caixa! Se você faz parte deste time, é bom parar de ler por aqui.

Deixando todo esse discurso adolescente de lado e voltando para o mundo real, vamos ser realistas: o alcance orgânico em breve será zero – se já não é para uma boa parte da rede. E para ser bem sincero, o alcance orgânico precisa morrer o quanto antes.

“Não existe almoço de graça” é um jargão conhecido por todos e que pode resumir toda essa situação. O Facebook é uma plataforma de mídia onde quem deseja aparecer deve investir. Nada de novo, nada de injusto ou revoltante, apenas o dinheiro trocando de mãos em uma linda transação comercial.

Também deve-se considerar que o número de empresas (fanpage) cresce absurdamente diariamente e o inventário da rede se mantém praticamente o mesmo, ou seja: concorrência aumenta! Em paralelo correm os próprios esforços da rede para manter a experiência dos usuários cada vez mais focada no conteúdo de sua rede de amigos e não das marcas descoladas que ele segue/curte.

Você está concorrendo com as fotos do churrasco no final de semana, com os checkins de happy hour, com a atualização de status daquela pessoa sensacional que acabou de ficar solteira e não com outras marcas que geram conteúdo cada vez mais chatos, distantes e frios, como o seu.

Não vejo a hora que o alcance orgânico morra de uma vez. Talvez assim, acabe-se logo com mitos na comunicação digital como: “internet é barata”, “internet é de graça”, “campanhas online precisam de pouca verba”, pois tudo é alcançado de forma orgânica. Além disso, também serão colocados “os pingos nos is”, pois os resultados terão definitivamente e imutavelmente que cobrir o investimento, e nesse cenário não haverá espaço para barganha de social media descolado. Somente resultados concretos, números, faturamento, dinheiro!

Olhando por este ângulo, podemos encontrar um bom motivo para o surgimento do fenômeno da comunicação capivara que tenta aumentar o alcance a qualquer custo, ou melhor a custo zero, como já foi muito bem abordado neste texto muito bacana.

“Os anunciantes devem pensar me fãs como um meio para um fim , não como fim em si”

Esse fim chama-se vendas, faturamento, lucro, dinheiro, bufunfa! Tolice é pensar que qualquer movimento de uma empresa tem finalidade diferente disso, inclusive na internet.

Todo mundo sabe que é impossível conseguir algo sem dar nada em troca. Nesse caso, falamos de dinheiro onde, para ganhar, é preciso gastar.

Tudo que foi dito acima pode até parecer chover no molhado e, sabendo que existe muita gente no mercado profissional que não consegue entender algumas coisinhas que só o Facebook consegue entregar com profunda qualidade e exatidão, aqui vão quatro itens básicos:

Alcance

1.49 bilhões de usuários ativos. Por Deus, isso é muita gente e você vai conseguir fatiar e encontrar qualquer que seja o público ou perfil que procure.

Segmentação

Demográfica, interesse e comportamento. É possível encontrar o nicho do nicho, do nicho e falar somente e diretamente para ele. Com pouquíssima dispersão.

Frequência

70% dos usuários ativos visitam a rede ao menos uma vez por dia. Você tem ideia o que isso significa e do quanto é fantástico?

Mensuração

Quantas visualizações, cliques, tempo médio, curtidas, comentários, compartilhamentos, alcance total, taxa de engajamento, CPC, CPM, CPL, CPTUDONESSEMUNDO.

Resumo da ópera: os caras oferecem um ecossistema com um alto poder de alcance, com uma segmentação única, uma frequência sensacional e um poder de mensuração sem igual e você espera que isso seja de graça? Sério?!

“Paid for earned!”

E não estou falando, apenas, de montanhas de dinheiro investidas em FacebookAds. Estou falando de PME que já correspondem a quase 50% do faturamento do Facebook. É o salão de beleza da esquina que impulsiona o post pagando U$ 5 para divulgar uma promoção no corte de cabelo e vê seu faturamento subir 200% graças a isso.

Saiba você que tem muita dona de casa e microempreendedor que gera muito mais dinheiro através do Facebook que você. Movimentando a microeconomia patrocinando postagens a baixo custo que envolve sua rede de amigos e redondeza. E eles estão fazendo dinheiro enquanto você reclama do alcance orgânico e espera o próximo meme para postar em sua página.

Se você não tem, ou não quer, investir em FacebookAds, vai panfletar na rua; vai para o boca a boca, bater de porta em porta, ou qualquer outra coisa que possa oferecer alcance, segmentação, frequência e mensuração. Mas pare de reclamar que é caro ou injusto cobrar por isso. Você está errado.

Portanto, lembre-se: “não existe almoço de graça”. O dinheiro precisa trocar de mão, a economia precisa girar e para você faturar, é preciso de investimento. Pare de chorar as pitangas e vai trabalhar.

Move on!