Marketing Digital

28 jun, 2013

Inbound Marketing decolando

Publicidade

Em tempos de TI, novas ferramentas, novas formas de fazer negócio, inúmeras opções de atrair clientes, o sentimento é de constante desatualização. E, ao mesmo tempo, frustração por termos tantas opções e tão poucas certezas do que vingará ou não. Mas, se nos apegarmos à essência dos conceitos, as chances aumentam.

O Gartner, faz algum tempo, desenvolveu a Hype Cycle. Trata-se de uma curva prima-irmã da que indica o Ciclo de Vida de Adoção de Tecnologia (TALC), esta sim bastante conhecida e tema do livro “Crossing the Chasm” de Geoffrey Moore, mesmo autor de “Dentro do Furacão”.

01

O conceito de ambas as curvas é bastante simples. Aliás, vivemos isso todos os dias. Simplificando, o gráfico do Hype Cycle apresenta a ideia das tecnologias que vieram para ficar e as que são apenas “fogo de palha” ou “modinha”, e que não tem nada a oferecer de real valor. Os mais puristas desejarão jogar pedras em mim, pois estou misturando as estações. Estas curvas originalmente dedicam-se à adoção de tecnologias – no entanto, elas têm sido frequentemente utilizadas para acompanhar conceitos e estratégias, como é o caso do Inbound, assim como Social Media, Cloud Computing entre outros termos amplos. Claro, ao final das contas, todos acabam refletindo na adoção de uma ou outra tecnologia.

Antes tarde, do que mais tarde: “inbound marketing” significa toda e qualquer ação que tenha por objetivo atrair, com base em conteúdo não intrusivo, indivíduos interessados no que você tem a oferecer, mesmo que seja apenas um simples post em seu blog. Mas, daí inicia-se o relacionamento. Como conteúdo, digo: white papers, post, estatísticas, infográficos,  newsletters informativas, eBooks gratuitos, SEO, vídeos, podcasts – todos usando como meio propulsor principal, a mídia social. Apenas para fechar o contexto, “outbound marketing” contempla todas as demais ações pagas, tais como TV, anúncios em revistas, banners e etc – geralmente intrusivas, para obter a atenção do cliente/prospect.

02

03

Concordo que o nome pode ser mais um hype, no entanto, o conceito é antigo. Trata-se de relacionamento, de relevância, de propósitos alinhados junto ao prospect/cliente. E, como quase tudo o que é bom, é difícil de fazer. O “inbound marketing” exige suor para detectar os reais interesses do seu público, desenvolver os canais em que o contato ocorra naturalmente e, sobretudo, trabalho árduo para desenvolver os conteúdos que sejam realmente relevantes e atraentes.

Conceitualmente a idealização de uma estratégia de conteúdo não demanda grandes estudos, uma vez que é uma ferramenta do plano geral de marketing/comunicação da empresa. O desafio está na operação diária de geração e distribuição deste conteúdo, uma vez que o público alvo deve ter à disposição um conteúdo específico, por meio de um canal determinado que esteja alinhado com o seu grau de amadurecimento no relacionamento junto à empresa.

Por exemplo, um profissional que queira entender melhor o que é Automação de Marketing pode ter um ótimo início de contato com a empresa ao acessar, via sistema de busca, um eBook “O que é Automação de Marketing” cujo conteúdo seja completo, ilustrativo e esclarecedor, sem ser maçante. Já um executivo que esteja em processo de definição de solução, deve ter acesso via newsletter a um white paper tal como “Crie uma RFP para Automação de Marketing” ou “Veja quais as diferenças entre as principais empresas do mercado.”

O marketing tem evoluído muito nos últimos anos no que tange a métricas e controle. O termo KPI (key Performance Indicator) já não é novidade para os marqueteiros de plantão. E, melhor, o executivo de marketing já acompanha seu dashboard diariamente com índices e tendências. Já que estamos neste tema, vamos a alguns indicadores e métricas relevantes para quem deseja atuar com Inbound Marketing. Basicamente dividimos estas métricas em 4 blocos:

  • Métricas de consumo de conteúdo: pageviews, videoviews, documento views e downloads;
  • Compartilhamento e engajamento: likes, shares, tweets, RTs, Forwads;
  • Geração de Leads (oportunidades): preenchimento de formulários, inscrições de newsletter, inscrições de RSS, comentários em blog, taxa de conversão;
  • Vendas: que são as métricas mais conhecidas de todos.

Como vimos, as ações de marketing não estão nada triviais. E a demanda por “real time marketing” está cada vez mais iminente. Portanto, definir os processos e automatizar o máximo possível será uma questão que definirá se a empresa acompanhará o ritmo ou não do mercado.