DevSecOps

23 jan, 2015

O que esperar de 2015 no marketing digital?

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Todo final de ano, ficamos diante aos mesmos assuntos, entre eles quais as tendências para o próximo ano no marketing digital. Revistas especializadas, sites e blogs estão sempre, acertadamente, atrás desse tipo de matéria, afinal, muita coisa do que esperávamos ocorrer no ano que está acabando desejamos que ocorra no próximo. Este artigo não é um comparativo de erros ou acertos, muito menos uma crítica a quem publica, mas talvez seja uma crítica para quem é o gestor das empresas e agências que leem essas tendências e acham que isso é “bobeira”.

Não, não é! A comunicação tem mudado de forma avassaladora, e está na hora de acordar para isso! Recentemente, vi um vídeo da VP de Marketing da Heineken, Daniela Cachich, no qual ela diz que o consumidor não quer mais saber de onde vem a comunicação, mas o que vem. Estamos na era do conteúdo relevante, exclusivo e único. Se é pelo Facebook, Twitter, YouTube, site, e-mail marketing, não importa – o que vale agora não é mais o onde, e sim o como. Em 2012, o Marcelo Sant’iago já disse no evento Proxxima que as estratégias digitais são iguais, o que muda é o conteúdo. Mestre Sant’iago, obrigado por mudar a minha percepção de marketing digital para sempre.

O que tenho visto para 2015 é quase a mesma coisa que vi em 2014: BigData, Mobile, Mídia Programática, Internet das Coisas, Omnichannel, Conteúdo, Marketing em tempo real, CRM, imagens, TV se tornando segunda tela e Pessoas. Sim, pessoas são tendência, mas não deveriam ser o principal de qualquer estratégia? Bom, eu pelo menos acredito que qualquer grande estratégia de comunicação começa pelo entendimento das pessoas.

Recentemente, com a 9ª turma da Pós de Marketing Digital da FIT, fizemos um debate com os professores Paulo Ramos, Victor Vieira, Gabriel Aguilar, Rodrigo Gadelha, o ex-aluno, André Manduca e eu, claro, que, de mediador, passei a aprendiz com essas feras. Falamos de algumas dessas tendências e ainda juntamos o fato de o varejo on e off finalmente se falarem. Jogamos para os alunos e saiu muita discussão interessante. Todas as tendências ou estratégias acima citadas foram colocadas em discussão, e esta foi uma das coisas levadas em consideração: isso é realmente tendência? Pois as empresas mais antenadas pensam em tudo isso desde 2012/2013 mais ou menos.

Romeo Busarello, por exemplo, defende que é preciso estar atento, pois a cada dois anos tudo muda. Hoje, Parada Gay, Impressão 3D, Google Glass, Drones e geolocalização mudam o seu negócio, aliás, mudam muitos negócios – na verdade, mudam os negócios de quem está atento e enxerga essas tendências não como um post de um blog, mas algo para a sua vida profissional!

Não se apegue apenas às tendências, faça a lição de casa antes. Antes de pensar em 200 tendências de consumo, marketing ou mídia, pense nas pessoas. Apaixone-se por números, dados e estudos. Acredito que o BigData não seja tendência, ele precisa ser realidade no negócio, seja o negócio que for, o tamanho que for. Se não tem recursos para pesquisa, faça no SurveyMonkey; se não tem pesquisa do ComScore, busque artigos no Google, veja com amigos ou peça a veículos parceiros. O Google tem uma central de estudos enorme. A ESPM tem a Central de Cases. Há diversos livros sobre o mercado de marketing e comunicação que podem ajudar no pensamento estratégico das marcas, mas jamais se esqueça de algo que não é tendência, e sim realidade: apaixone-se por pessoas, faça com o Luiz Buono, e apaixone-se por histórias e aprenda com elas. Isso faz a diferença. O Facebook, o YouTube ou o E-mail Marketing são o meio, mas não o final, aliás, no digital, nunca há o final.