Continuamos hoje com nossa série especial de textos sobre impressão 3D! Se você ainda não leu, confira nossa introdução ao mundo da impressão 3D, o vídeo do Patola, a lista das impressoras 3D mais bacanas do mercado e, claro, tudo sobre estereolitografia. Pode ler, nos esperamos. Pronto? Então vamos lá, pois hoje vamos mostrar o futuro da impressão 3D. O que estas incríveis máquinas poderão fazer por nós, daqui a alguns anos ou décadas? Você ficará surpreso ao saber o que em breve as impressoras farão…

Café-da-manhã, almoço e jantar

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Estarão a venda, já a partir de 2014 as primeiras impressoras 3D voltadas a imprimir coisas comestíveis. Uma delas, chamada Foodini, foi apresentada dias atrás na CES, em Las Vegas. Ela será a primeira impressora 3D de comida voltada para o mercado doméstico. O modelo, ainda relativamente rudimentar, já consegue imprimir camadas sucessivas de alimentos para formar pratos como hambúrgueres, pizzas e lasanhas. Será necessário comprar os ingredientes em cápsulas pré-fabricadas, então as possibilidades na cozinha ainda são limitadas pela variedade que o fabricante disponibilizará. Outras questões são a velocidade e a baixa precisão do modelo, que o torna mais uma curiosidade do que um utilitário. Entretanto, há grande interesse no mercado por parte de restaurantes e espaços high-tech, que podem vender ao consumidor final um bolo ou hamgúrguer no formato exato que ele projetar.

Ainda na CES, a empresa 3D Systems, pioneira em impressão 3D profissional e industrial, apresentou as impressoras ChefJet que imprimem goluseimas a base de açúcar. Um dos modelos imprime apenas guloseimas monocromáticas e outro já é capaz de imprimir a cores e com detalhes que fotográficos.

Para os mais chegados em chocolate, já existe a Choc Edge. Ela é uma impressora que trabalha exclusivamente com chocolate, para fazer formas tridimensionais e decorações ridiculamente intrincadas para a decoração de mesas, tortas e bolos.

Mas a impressão 3D não estará confinada a cozinhas e restaurantes. Ela também estará presente em hospitais e salas de emergência, onde produzirá…

Órgãos humanos sob medida

http://on.ted.com/Atala2011

As pesquisas nesta área ainda estão dando seus primeiros passos, mas se mostram muito promissoras. A ideia é cultivar biomaterial a partir das células do próprio paciente, e utilizá-las na montagem, camada a camada, de partes do corpo humano ou imprimir uma espécie de molde do órgão a ser reproduzido e cultivar o tecido vivo em cima do molde. Tradicionalmente este processo de crescimento de partes humanas já existe, mas ainda é feito de maneira quase artesanal. As impressoras 3D trarão agilidade e precisão no processo, tornado-o acessível a muito mais pessoas.

Isto pode reduzir drasticamente as filas de espera para transplantes, já que estes órgãos não necessitam de doadores e podem ser produzidos sob medida e com riscos reduzidos de rejeição; já que são produzidos a partir de material do próprio paciente. Para que isto se torne realidade, ainda é necessário aprimorar tanto as técnicas de impressão – que requerem precisão microscópica, para dar conta da complexidade de um órgão – quanto as técnicas para estimular o crescimento dos tecidos e dar agilidade e escala ao processo todo.

A evolução das tecnologias de impressão 3D não está apenas levando a impressão 3D para outras áreas com a mudança dos materiais utilizados e com o aumento da complexidade dos objetos produzidos. Estas novas técnicas de fabricação também estão sendo testadas na construção de estruturas bem maiores, que lhes permitirão fabricar…

Casas e prédios inteiros

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Impressoras verdadeiramente monumentais substituirão canteiros de obra inteiros no futuro. Uma única máquina será capaz de fazer a estrutura, os encanamentos e tubulação elétrica de uma casa. Tudo de uma vez só. Sem a necessidade do trabalhador humano se dependurar em guindastes ou se espremer em espaços apertados, será possível construir em formas que seriam simplesmente impossíveis hoje em dia. As máquinas garantirão ainda um melhor aproveitamento dos materiais e serão muito mais rápidas. O resultado são prédios que usam menos matéria-prima, são mais baratos e mais eficientes. As pesquisas já estão em estágio bastante avançado e pode não demorar para visitarmos a primeira casa totalmente construída através de impressão 3D.

A impressão 3D de prédios será também uma solução para quando não estivermos no planeta. Isso mesmo! Futuras colônias humanas na Lua e em Marte poderão utilizar máquinas para coletar material do planeta e transformá-lo diretamente nas paredes e objetos de nossas futuras moradas interestelares! Primeiro enviaríamos os robôs, ou melhor, as impressoras para lá. E ai, enquanto passamos os longos e vários meses da viagem de ida da Terra até Marte os robôs constroem as habitações. Quando chegarmos por lá… é só chamar a turma pro churrasco de open-house.

Quais são as suas apostas para o futuro da impressão 3D? Acredita que chegaremos mesmo tão longe? Conte para a gente, nos comentários!