DevSecOps

28 nov, 2013

Até onde você vai por uma ideia e até onde uma ideia vai por você

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Tenho feito algumas palestras por aí. Basicamente mostro as ideias que realizei, como inovação em comunicação e, como consequência, quais prêmios ganharam e o que as ideias realizaram por mim. Depois, muitas perguntas são feitas, mas uma me marcou muito: há uns três anos, alguém me perguntou “mas quando você sabe quando levar uma ideia pra frente e quando desistir?”.

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Pergunta bem simples, mas não consegui dar a resposta até hoje. Vale uma reflexão aqui, principalmente nesse momento da explosão das startups.

Nas minhas andanças pelo mundo da inovação, e um pouco de empreendedorismo, tenho visto de tudo: gente que vai longe demais por uma ideia, sem perceber que ela não trará nada, e gente que desiste muito cedo de ideias que poderiam mudar vidas.

Mas como descobrir o que fazer? Desisto? Vou em frente?

Não vou ousar responder a isso com fórmulas ou regras. Simplesmente não dá. Nesse momento, existe uma coisa que você precisa ter: sensibilidade. Uma sensibilidade quase artística. Então vamos olhar um pouco para o mundo das artes e procurar respostas:

“What one does is what counts and not what one had the intention of doing” (Pablo Picasso)

Boa! Pablito, já deu uma resposta pra gente: vá até o fim, sempre. Uma ideia na cabeça e nada, é melhor o nada, pelo menos você não fica frustrado.

Mas quando é o fim?

Leonardo Da Vinci demorou cinco anos para pintar a Monalisa, e nunca a entregou. A obra ficou com ele a vida toda. Ele acreditava que não estava boa, nem pronta.

“To finish a work? To finish a picture? What nonsense! To finish it means to be through with it, to kill it, to rid it of its soul – to give it its final blow; the most unfortunate one for the painter as well as for the picture” (Pablo Picasso)

Poxa, Pablito, agora complicou.

Nunca termina? Não.

Você é quem determina o fim. E aí está a inteligência e a sensibilidade que só o tempo e algumas ideias realizadas te trarão.

Meu conselho é: se você não sabe o que fazer, encontre quem sabe. Procure aprender com quem teve uma inteligência emocional tão grande que ficou imortal por isso, como os grandes artistas. Esses caras não existem só pra serem estudados e apreciados por gente com a mão no queixo. Eles existiram pra te ensinar a ser sensível.

Procure ter inteligência emocional pra entender os sinais que vêm da sua volta, e entender quando parar. Se as pessoas não se empolgam, sua ideia está sendo “empurrada” e, quando você começa a falar dela, tem a impressão de que todos são idiotas.

Advinha? Você é o idiota.

Tem dúvidas? Recorra à arte. Procure conhecer a história de grandes artistas. Garanto que saber quando parar na arte é muito mais difícil do que na inovação.

Afinal, num mundo de Zuckerbergs, quem tem a sensibilidade de Picasso será um Steve Jobs. 🙂