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22 mar, 2013

Formação do profissional de SEO: conteúdo ensinado, o que falta e soluções

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A formação do profissional de SEO é um dos temas mais importantes para o amadurecimento do mercado de SEO no Brasil e há ainda muito por fazer. Abaixo, há uma discussão sobre os desafios, o que é ensinado e os pontos principais que não são ensinados geralmente, propostas de soluções e um estudo de caso que não consegue ser respondido por muitas pessoas que estudaram SEO.

A formação do profissional de SEO

Para seguir a carreira de SEO um dos maiores desafios é conseguir obter a formação inicial. Uma vez que é uma área criada há pouco tempo, há divergências sobre a data de origem do termo SEO, mas acredita-se que foi utilizado pela primeira vez em 1997.

Além de ser uma carreira recente, outro fator que adiciona complexidade na formação são as constantes modificações na área, pois um profissional que aprende a fazer SEO como em 2009 está fadado ao fracasso se fizer o trabalho do mesmo modo nos dias atuais. Afinal, o algoritmo dos buscadores tiveram significativas modificações e os fatores mais importantes em 2010 já não são os fatores que mais geram resultado hoje.

Há atualmente apenas cursos livres e não um curso universitário exclusivo para o assunto. O que existe, porém, são matérias em algumas faculdades com uma disciplina sobre SEO ou parte do conteúdo de uma disciplina sobre SEO. O fato, contudo, é que isso não impede que o problema persista, já que quem faz esses cursos em poucos meses aprenderá conceitos que quando implementados podem não trazer os resultados esperados.

Então, o que um Curso de SEO pode oferecer de permanente para quem quer aprender SEO? O maior e mais importante benefício que um curso de SEO pode oferecer é ajudar o aluno no processo de aprender a pensar em SEO, a pensar globalmente.

Uma vez que a pessoa aprende a pensar, podem surgir novas atualizações do Google, novos padrões e fatores em SEO, mas a pessoa vai conseguir enxergar a lógica por trás dessas modificações, podendo pensar e agir como o Google opera hoje ou irá operar no futuro.

Foi com esse objetivo que o #OpenSEO, Curso de SEO da Conversion, foi criado e, deve ser esse o mesmo objetivo dos cursos de SEO sérios, sejam eles cursos livres ou disciplinas nas faculdades.

É evidente que as técnicas do momento continuarão sendo abordadas em aulas, mas esse não é o ponto forte, já que a técnica de hoje pode não surtir efeito amanhã. No entanto, se o profissional de SEO pensa globalmente, ele saberá como descobrir as técnicas que geram mais resultados amanhã.

A escassez de profissional que pensa globalmente

Há no mercado atualmente uma escassez de profissionais de SEO bem preparados, justo por conta dos problemas apresentados anteriormente. Porém, mais do profissionais que desconhecem os aspectos técnicos do SEO atual, o problema maior está na carência de pessoas que pensam globalmente.

Somente pensando globalmente a pessoa poderá pensar tal como o Google, pois o Google:

  • Não é apenas um algoritmo que só analisa backlinks, portanto fazer SEO não significa conseguir dezenas, centenas ou milhares de links para um site;
  • Não é  apenas um algoritmo que analisa o conteúdo do site. Na verdade, encontra-se aqui um problema sobre o próprio conceito de analisar. Uma máquina não é capaz de ter pensamento abstrato e julgar se algo é bom ou ruim; essa é uma tarefa que apenas seres humanos podem realizar . Então, o que parte do algoritmo Google faz é usar métricas como quantidade de páginas navegadas no site, quantidade de segundos em cada página, em quais palavras, botões ou imagens o usuário passou o mouse ou clicou, etc. A partir do monitoramento dos usuários que fazem buscas por uma palavra e depois medindo o comportamento dos mesmos no site, o algoritmo define se o site é “bom” ou não para os usuários que buscam por esse termo no Google;
  • Não é apenas um algoritmo que mede a quantidade de interações sociais em cada página do site;
  • Não é apenas um robô que analisa o código do seu site, o uso adequado de elementos que facilitam a interpretação do código, a existência de elementos que ficam escondidos para os usuários, etc;
  • Não é apenas um algoritmo que avalia o seu site pela reputação dos autores (AuthorRank) que escrevem no seu site;
  • E essa lista de “não é apenas” poderia se estender por centenas de fatores.

Essa é a antiga questão de que “a parte não é o todo” e “o todo é mais do que a soma das partes”. Essa premissa que se aplica nos mais diversos campos da vida, também precisa ser aplicada no trabalho de SEO.

Há muita gente que pensa que fazer SEO é aplicar uma tecnicazinha no site e já levá-lo diretamente às primeiras posições. Agir desse modo, é agir como se estivéssemos em 2002. Hoje, e cada vez mais no futuro, quem quiser ser um profissional de SEO precisa pensar globalmente, conhecendo as partes, entendendo a relação entre elas e o motivo delas.

Um case que muitas pessoas não conseguem resolver

Para ilustrar como muitas pessoas não sabem como relacionar as partes do todo, vamos pegar um caso real onde fica evidente a necessidade de se pensar globalmente para poder otimizar um site:

Um ecommerce criado em 2008, possui mais de 15.000 links apontando para o site e as páginas de produtos. Todavia, o site não aparece para palavras-chave relevantes do negócio e para os nomes dos produtos.

As páginas de produtos não são listadas na primeira página do Google, os produtos melhor posicionados estão no meio da segunda página, e a maioria dos produtos estão com posição 70 em diante.

Todas as páginas dos principais produtos tem um conteúdo original, com informações diferente das passadas pelos fornecedores. Há botões de compartilhamento social em todas as páginas do site e dos produtos. O código HTML está razoavelmente bem feito e o tempo de carregamento da página é bom. Elementos como title e H1 foram trabalhados.

Se fazer SEO fosse apenas conseguir links, por que esse site que tem 15000 links não está bem posicionado? Se fazer SEO fosse apenas gerar conteúdo, por que as páginas de produtos não aparecem bem posicionadas? Se SEO fosse só implementar um código no site, por que esse e-commerce, que está com um código melhor do que muitas lojas virtuais no mercado, não está nas primeiras posições? Se SEO fosse simplesmente interação social, por que as páginas com os botões de interação social não são suficientes? E mais importante ainda, qual é a relação entre essas informações do site? O que é possível concluir?

O profissional de SEO que sabe mais do que técnicas, consegue pensar globalmente e propor soluções para cases como esses. Não existe uma única resposta correta e diferentes soluções podem ser desenvolvidas, o importante é saber a relação entre as partes e o todo.

Fique à vontade para comentar e dar soluções. Se você for um profissional de SEO que pensa globalmente e propõe soluções inteligentes para cases como esse, envie seu CV para rh@conversion.com.br juntamente com a proposta de solução para esse case. Nossas portas estão abertas para profissionais que pensam SEO de maneira global.