DevSecOps

28 nov, 2012

A gestão 2.0 não é uma metodologia como as outras!

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Quando pensamos em projetos de Redes Sociais Corporativas, estamos falando de uma visão geral sobre o mundo que está vindo e as ações que faremos para fazer o alinhamento INEVITÁVEL a ele.

 

Note que neste artigo abaixo temos uma visão interessante, mas equivocada sobre a gestão 2.0.

Ótima para debate.

Enterprise 2.0: The case for starting small

Ao ler o artigo, o autor encara a ” implantação de empresas 2.0″ como uma micro-metodologia para melhorar a gestão, como foram a reengenharia ou a da qualidade.

Tivemos a gestão da qualidade, a reengenharia e agora a 2.0.

Mas há diferenças.

A do conhecimento e a 2.0 são macro-metodologias, pois percebem uma macro-mudança no mundo e apontam uma migração de um mundo “a” para o “b”. através de etapas a serem cumpridas.

Não servem para resolver questões pontuais, como o autor acima sugere  (tradução do Google):

A melhor pergunta a fazer é: “Enterprise 2.0 a solução correta para um problema ou objetivo que a minha empresa tem?”

Note que está encarando a implantação de uma rede social corporativa como mais uma ferramenta metodológica para solucionar problemas. Algo opcional, que o cliente pode ou não utilizar, como qualquer setor.

Acho que não tem lógica, pois  não vê o cenário geral do que está acontecendo.

O que estamos vivendo hoje, entretanto, pela lógica simples, a olho nu, vemos que é bem diferente.

  • Temos do lado de fora das organizações usuários praticando um novo modelo de troca, compra, conversa, conhecimento, informação;
  • Temos startups operando nessa direção e os concorrentes se preparando para uma mudança nessa direção;
  • Os jovens, os futuros consumidores, caminhando para essa direção, incluindo os que são contratados;
  • Os nossos clientes usando para se articular, reclamar e falar mal no mesmo ambiente, gerando seguidas crises.

Ou seja, não estamos falando de algo opcional, uma metodologia de uma empresa de consultoria que pode ser ou não utilizada, mas um novo mundo para o qual de forma IRREVERSÍVEL teremos que estar nele de outra maneira.

Assim, se formos lidar com esses projetos como algo opcional, ou mais uma metodologia para resolver problemas específicos, temos aí um problema de visão e de cenário.

  • Uma coisa é uma metodologia que vou usar, se quiser.
  • Outra é o telefone, o fax, o computador que TENHO que usar, pois é assim que o mercado está fazendo, e isso me obriga a aderir para ser competitivo.

A diferença da Internet 2.0, entretanto,  para as redes do fax, do telefone e mesmo do computador sem rede, é que  ela condiciona uma nova forma mais ágil de controle dos processos e de se trabalhar para a qual o mundo está caminhando, completamente distinta da maneira de se fazer a gestão hoje.

Assim, quando pensamos em projetos de Redes Sociais Corporativas estamos falando de uma visão geral sobre o mundo que está vindo e as ações que faremos para fazer o alinhamento INEVITÁVEL a ele.

Ou seja, a passagem de uma organização com uma topologia de rede vertical para uma mais horizontal.

A gestão 2.0 não é assim uma nova forma de comunicação, mas de gestão!

A questão é: como faremos essa passagem de forma a gastar o menos, com os melhores resultados possíveis?

Imaginemos, como exemplo,  uma ponte que precisa ser construída entre duas cidades.

Podemos imaginar que não queremos, que não temos recursos para fazê-la agora, nem cabeça, mas que será preciso fazer provisoriamente uma balsa, mas todos sabem que mais dia menos dias a ponte terá que ser feita.

Se sabemos o melhor ponto do rio para fazer a ponte, mesmo que seja para depois, podemos fazer o ponto da balsa ali, pois mais adiante poderemos lidar com tudo que vai girar em torno da mesma, evitando que um novo local seja criado, pois vai se gastar bem mais.

Novos softwares, contratações, mudanças de processos etc. já devem prever o futuro, pois todo passo deve ser previsto incorporando aquela percepção.

Essa é a ideia do laboratório e das ações no modelo atual.

  • O laboratório concentra novas formas de trabalho.
  • E a rede social corporativa atual só pode colaborar, nada mais que isso, com uma comunicação mais aberta, porém  sem alterar processos, pois a mudança de processos é tão radical, que precisam ser feitas partindo-se do zero, por isso o laboratório.

Não se pode iludir as métricas nem de um e nem de outro!

E assim economiza-se tempo e dinheiro.

De fato, a maior parte das organizações não tem essa visão estratégica e vai tender a implantar novas formas de comunicação como se fossem novas maneiras de trabalho e vice-versa: e a coisa tende a desandar, gastando-se muito e com poucos resultados, pois justamente estão confundindo o que é mudança inevitável com metodologia opcional.

E é essa visão equivocada o que os profissionais responsáveis por essa implantação devem evitar.

Que dizes?