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22 out, 2015

Frameworks não são ferramentas

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Um amigo meu, há muito tempo, perguntou-me por que é que alguns caras são tão aficionados por armas de fogo. “Elas são apenas ferramentas”, disse ele. “Eu tenho interesse em minhas ferramentas, como as facas que eu uso para cozinhar, ou as ferramentas que eu uso no meu jardim, mas elas não são objetos de comparação e discussão sem fim para mim”.

Minha resposta foi que uma pistola, uma espingarda, ou qualquer outra arma de fogo moderno não é simplesmente uma ferramenta. É uma máquina. Tem partes móveis interdependentes e inter-relacionadas que fazem todo o trabalho em conjunto (além disso, são alimentadas por explosivos, o que as torna ainda mais interessantes).

Mas o meu amigo tem alguma razão. Ferramentas não são especialmente interessantes porque não são especialmente complexas. Mas as máquinas são fascinantes porque são complexas.

Usando isso como exemplo, é importante notar que frameworks não são ferramentas. Frameworks são máquinas. Cada um tem seu código, que equivale às partes móveis interdependentes e inter-relacionadas de uma máquina. Frameworks são fascinantes pelas mesmas razões que as máquinas são fascinantes.

Então, da próxima vez que alguém disser que “usa a ferramenta certa para o trabalho” e, em seguida, mencionar um framework, considere que a pessoa que sugere usar tal framework pode não estar pensando neles da forma correta. Ela pode, aliás, estar pensando em algo totalmente diferente, e usando “o framework” como um atalho para qualquer conceito que realmente tenha em mente.

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Paul M. Jones faz parte do time de colunistas internacionais do iMasters. A tradução do artigo é feita pela redação iMasters, com autorização do autor, e você pode acompanhar o artigo em inglês no link: http://paul-m-jones.com/archives/6175