Design & UX

31 out, 2016

Como criar melhores produtos por meio do design centrado no usuário

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Você sabe o que é experiência do usuário? É qualquer interação entre usuário e produto, através de uma tela ou não. Buscar um produto, cancelar compra, calcular frete, tudo isso é UX (user experience); e ela ocorre sempre, não necessariamente de forma intencional. A boa UX nasce do processo de entendimento das necessidades dos potenciais usuários, agregado ao valor que isso dará ao negócio.

Uma das metodologias utilizadas para alcançá-la é o design centrado no usuário, que, como o design thinking, é uma forma de criar produtos melhores. Assim como no Scrum, o design centrado no usuário (UCD, em inglês) ocorre em microinterações e pode ser adaptado a diversos ambientes.

UCD é uma prática de engenharia ágil, na qual a entrega do produto ao seu usuário precisa acontecer de forma aprimorada e contínua. É composta por cinco etapas:

1. Entender

Forme uma hipótese sobre o tipo de pessoa que está procurando, dependendo do contexto do usuário e do tipo do produto. Para definir corretamente o tipo de pessoa, analise as histórias de usuários que descrevem cada ação que um usuário poderia executar no produto.

Defina as personas, que são pessoas fictícias criadas para ajudar a entender contextos sociais e comportamentos dentro do público-alvo. Os cenários também devem descrever as histórias de acordo com a personas. Eles são fluxos primários e secundários que podem ocorrer em seu produto de acordo com o contexto.

2. Observação

Cheque se a hipótese é válida e verdadeira. Converse com pessoas que você acredita ser seu público. Faça o que os usuários precisam, e não o que você acha que precisam.

Crie um grupo focal, uma discussão entre um grupo de pessoas sobre tópicos definidos ou sobre seu produto. Realize pesquisas quantitativas, uma forma fácil e barata de analisar a satisfação do usuário ao usar o produto.

Além disso, utilize o card sorting: distribua cartões com tópicos ou funcionalidades para os usuários e peça para os organizarem por importância, categoria ou similaridade, de forma que faça sentido para eles.

3. Idealizar

Faça um brainstorm sem quaisquer julgamentos ou restrições, que pode servir para gerar funcionalidades, fluxos ou conceitos de design. Crie também um fluxo de usuário, perspectiva do produto que mostra organização e fluxos existentes, com o intuito de melhorá-los ou redesenhá-los.

Os moodboards também podem ser muito úteis nesta etapa, pois reúnem uma coleção de imagens, feita de forma colaborativa, que serve de referência para a criação do seu produto. Proponha mais de uma solução e eleja a melhor delas.

4. Prototipar

Protótipo é uma simulação do produto final que permite aos usuários conseguirem interagir com o produto da maneira mais fiel à idealizada. Isso significa que é possível testar um produto mesmo com a interface inacabada, ou até mesmo em wireframes monocromáticos, contanto que a experiência se aproxime do resultado final.

Os wireframes são os guias visuais que representam a estrutura e a arquitetura dos elementos do produto e ajudam a discutir ideias com os usuários. Os sketches são a forma mais simples de desenhar uma nova interface. Usando apenas papel e caneta, você desenha um rascunho da interface, ideal para testar ideias com seus colegas de trabalho e clientes.

5. Testar

Teste o protótipo com usuários – todos ou uma parcela deles. Realize testes A/B, que os segmentam em grupos que recebem versões diferentes do produto. Assim, é possível definir a versão vencedora e melhorá-la. Utilize o eyetracking, tecnologia que grava os movimentos dos olhos do usuário pela interface e indica o fluxo de visualização de conteúdo e áreas de interesse.

Não se esqueça de realizar o teste de usabilidade, no qual um grupo de pessoas é designado a executar tarefas enquanto é observado por alguém, que ouve e toma notas a fim de identificar problemas. Observe o comportamento dos usuários, converse, receba feedbacks e volte para o primeiro passo.