DevSecOps

4 jul, 2013

Esse lance de programar Microsoft

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Lá no início dos anos 90 me disseram para esquecer esse lance de “programar Microsoft”, pois eu estaria fadado ao fracasso profissional. Mas o tempo mostrou que não foi bem assim.

No início da década de 90, com o surgimento da Linux e do Java, muito se questionou sobre o futuro da Microsoft. Alguns dos questionamentos eram bem feitos, pois a empresa de Bill Gates vivia numa época de “tela azul” constante. Os programadores temerosos por seus futuros pensavam em qual linguagem utilizar para dar prosseguimento as suas carreiras.

Muita gente boa dizia que a Microsoft não sobreviveria, e os profetas do apocalipse que o tempo se encarregaria de dar cabo em Bill e seus aliados.

A Microsoft, que não é boba nem nada, tratou de reconhecer (alguns dos) seus erros e acompanhar as mudanças que eram exigidas pelo mercado e lançou a plataforma .NET. Daí em diante discussões épicas foram travadas entre os defensores do Java e do .NET sobre qual seria a melhor tecnologia. Eu mesmo perdi vários amigos nessa época. Tinha muita gente que me virava a cara. Alguns me apontavam. “Tá vendo aquele cara ali? Ele programa Microsoft”. Que época difícil. Mas o tempo provou que essas discussões eram pura bobagem. O mercado de hoje está aberto e aquecido para ambas, especialmente para os bons profissionais.

Recentemente estive em São Paulo na sede da Microsoft para o evento Visual Studio Summit 2013 e pude conferir de perto as mudanças do Visual Studio e o número de profissionais que o utilizam.

Falando do evento: estrutura, organização, qualidade das palestras e dos palestrantes, nível técnico nas alturas.

Falando de tecnologia: SignalR, MVC Mobile, Sharepoint 2013, Single Page Application, WebAPI, StoryBoarding, Feedback Client e muito mais.

Se você não foi, perdeu. O evento organizado por Ramon Durães foi espetacular. O único ponto negativo(?) foi o fato de não poder assistir a todas as palestras disponíveis.

O Visual Studio cresceu e apareceu. As novas funcionalidades são realmente muito boas, principalmente no quesito colaboração, seja em equipe ou com o cliente. O gerenciamento do ciclo de vida do software está muito maduro. Se a sua equipe trabalha com o Visual Studio fica a dica: dê uma conferida no que este ambiente pode ajudar a melhorar o seu processo de desenvolvimento. Confesso que não sei se vou conseguir trabalhar sem os recursos de StoryBoarding e Feedback Client de agora em diante.

Com o StoryBoarding você utiliza o Power Point para dar uma bela incrementada na prototipação dos seus produtos. E utilize o Feedback Client para fazer com que seu cliente participe de maneira efetiva do processo, solicitando a ele que dê um feedback para o produto que está sendo desenvolvido.

É só isso? Claro que não. Code Review, Automatização de testes, Integração contínua. Tem muita coisa a ser explorada e vem muito mais por aí. Para você que quer aprender mais sobre o assunto, a Microsoft disponibiliza a sua Academia Virtual com alguns treinamentos bem bacanas para que você fique sintonizado nas funcionalidades do Visual Studio.

Confesso que um filme passou na minha cabeça durante o evento, vendo tanta gente da “velha guarda” misturada com a garotada chegando cheia de gás. E eu ali, in loco, vendo que esse lance de programar Microsoft ainda está muito na moda.

Até a próxima.