Desenvolvimento

23 jan, 2013

Metodologias vêm e vão. As boas práticas ficam.

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E acredito que sempre será assim. Algum tempo atrás, grandes projetos de software de sucesso foram desenvolvidos em metodologias das quais programadores mais novos nunca ouviram falar, mas que deram bons resultados na sua época (e algumas continuam dando). Esse programador mais novo provavelmente nunca trabalhou usando uma metodologia tradicional como Cascata e o RUP, por exemplo. Ele já entrou no fantástico mundo da agilidade usando XP, Scrum, Kanban…

Cada equipe de desenvolvimento, de acordo com o tipo de projeto a ser atacado, opta pela metodologia que considera a melhor para alcançar seus resultados. Algumas até criam suas próprias metodologias ou variações das já existentes. Variações!? Sim, variações. Eu já ouvi falar em ScrumBut, ScrumBan, Scrum++, xUP, e por aí vai.

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Existem equipes que optam por mesclar metodologias coletando o melhor de cada uma delas, adaptando-as às suas realidades, mas sem criar rótulos.

Seja trabalhando no modelo tradicional ou no ágil, o que todos queremos é produzir com qualidade, e a opção de escolha de cada metodologia deve ser respeitada, pois cada um sabe onde seu calo aperta.

Inúmeros são os profissionais que não abrem mão de uma farta documentação, de um completo levantamento de requisitos, de uma modelagem abrangente, mesmo desenvolvendo em um cenário de agilidade. E, falando no tradicional, quem disse que não podemos utilizar técnicas ágeis no RUP, por exemplo?

Planejar os testes, documentar, levantar requisitos, prototipar, modelar, programar em pares… Nada disso é propriedade de um nome, de uma sigla.

Às vezes estamos tão ligados no by the book que deixamos de aplicar várias coisas bacanas que dão resultado para não “ferir” os princípios da metodologia que escolhemos.

Hoje estamos no fantástico mundo da agilidade, que tem seu valor reconhecido, mas ainda existem muitas equipes que não a aplicam e continuam desenvolvendo produtos de qualidade.

A transição de uma metodologia para outra é sempre crítica. O profissional está saindo de uma zona de conforto, na qual tem suas entregas garantidas, para uma nova filosofia de trabalho. Isso é difícil, mas não impossível. Ousar mudar é para poucos.

Existem muitas discussões nos fóruns sobre soluções mirabolantes, sobre modelos de resolução de problemas, padrões que não podem deixar de ser seguidos.

As metodologias de hoje serão substituídas algum dia. Ou alguém duvida disso? Os nomes e as siglas vão mudar. Aí nós vamos falar que estávamos trabalhando de maneira errada? Claro que não! Tudo aquilo que aplicamos com sucesso hoje, vamos ter muita dificuldade de abrir mão. Podemos mudar? Sim, mas o valor do novo tem que ser provado. E será provado. Coisas novas e boas vão surgir. Que venham as novas metodologias, mas as boas práticas vão ficar.

Até a próxima.