Agile

24 set, 2014

Série Scrum Remoto: Time Evoluindo Sprint 3

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Olá, pessoal!

Mais um artigo da série Scrum Remoto e hoje estamos na Sprint 3. O objetivo é mostrar para vocês como foi a nossa Sprint, o que aprendemos e o mais legal é o fato de que ser remoto não impactou no objetivo. Então, para quem fala que times distribuídos com Scrum não funcionam, é importante ver o que tem de errado, mas não buscando colocar problemas no framework, ferramentas etc. Há outro fator envolvido, chamado de pessoas.

Scrum Remote Team Sprint 3

Esse Sprint não foi um dos melhores para o time, porém melhor que os outros dois, uma vez que o time está aprendendo e pegando o jeito de trabalhar Agile. Por isso estou considerando até um bom resultado. Conforme já falei nos outros artigos da série, a equipe nunca trabalhou com Agile. Eles estavam acostumados sempre no lado “o meu está pronto” ou “eu sou desenvolvedor e não tenho que realizar teste se não for em minha máquina; quem faz isso é um tester”. E do lado técnico, o pessoal também estava aprendendo algumas práticas, como TDD, CI etc. Aqui todos metem a mão na massa, desde code até infraestrutura. O projeto é de todos e temos vários chapéus para ir usando até o final do Sprint. Alguns desenvolvedores, no Sprint 1, nem sabiam para que servia o Jenkins, e no Sprint 3 já mexem com a ferramenta, apresentam plugins que podem facilitar o processo de CI etc.

Vamos agora ao resultado:

Melhor do que o Sprint 2, mas longe ainda de um Sprint ideal. A seguir o burndown nos fala isso. Vamos analisar:

sprint3handson

O team prometeu uma entrega de 16 pontos. Se olharmos o Sprint 2, é uma capacidade maior do que havia entregado.

sprint2handson

Tudo começou bem na primeira semana do Sprint – na verdade, mandaram muito bem, quase mataram o Sprint rápido demais. Eu já havia suspeitado que tinha algo de estranho aí, mas preferi não comentar e ver o que ia acontecer… Quando chegou o dia 01/09, por algum motivo alguma estória voltou e faltavam poucos dias para terminar o Sprint. A equipe trabalhou duro e conseguiu fazer entrega no mesmo dia e nos próximos, mas observe que eles começaram a entregar somente faltando poucos dias do término do Sprint e no último dia de desenvolvimento, trabalharam duro para entregar.

Velocity Chart

sprinthandsonvelocity

Foi bom? Se comparar com os Sprint 1 e 2, foi um avanço muito bom da equipe. Percebo que agora eles estão pegando o jeito da coisa. Ainda há pontos para melhorar, mas eu sei que não é a mesma equipe do Sprint 1. É uma equipe melhorada. Tivemos um risco alto de acontecer alguma coisa ali no final e não entregar nada, ou pior, demoramos demais para entregar – 5 dias depois do Sprint; ou seja, se temos 9 dias de desenvolvimento, só entregamos quando já passamos da metade do tempo; e isso não é muito bom isso. Exceto se está seguro que a estória não pode voltar e isso aconteceu: ela voltou, mas o time soube como contornar o problema e resolveu, entregando rapidamente.

Resultado

Saímos da Sprint 3 muito felizes com o resultado, pois tínhamos no passado só tempestades; mas parece que isso está passando… Porém o céu ainda não está ensolarado para o pessoal poder ir para praia. Aqui na ITS gosto muito que o team aprenda por si. Às vezes eu consigo ver que alguma coisa de errado vai acontecer, mas prefiro que aconteça – isso pode ser ruim para o negócio da empresa, mas para o aprendizado do team é muito importante, pois vai impactar no negócio e no projeto.

Às vezes há perdas financeiras por uma questão de contrato, mas não me importo muito com isso – até porque, quando a ITS nasceu não foi por dinheiro; e sim por paixão pelo que fazemos. Não posso limitar nossos profissionais por uma questão financeira. Claro que vamos fazer um bom uso disso e sempre analisar para que não aconteça o pior de um drop do projeto. O pior é que um drop do projeto não é o dinheiro envolvido e sim a oportunidade de aprendizado que deixamos de ter. Acredite, ou não, é a nossa cultura. Qualidade técnica é mais importante que seguir um contrato comercial. E mais interessante aqui é que quem faz parte do nosso comercial concorda com isso. Não temos aquela briga entre um grupo de nerd com business.

Vou ficando por aqui… E espero que tenham gostado desse artigo.

Abraços e see ya!