DevSecOps

29 mai, 2015

De onde vêm os bons POs?

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Um dos principais problemas das empresas que estão tentando implantar metodologias ágeis é onde encontrar boas pessoas para cada papel do time. Aqui na Concrete Solutions, um problema especial é qual é o melhor perfil de um candidato a Product Owner. Após cerca de dez anos de experiência no assunto, tentativas, erros e acertos, chegamos a um diagrama que envolve conhecimento do domínio específico, de UX, de marketing/analytics ou de engenharia, além de técnicas necessárias, como teoria e prática de ágil, facilitação de processos e gestão de stakeholders, entre outras.

Acabamos formando um modelo simples para mapear as habilidades necessárias a um bom PO, o que facilitou bastante nossa busca por eles. Além disso, desenvolvemos um material para leitura que serve como treinamento para aqueles que entram na equipe. Por fim, também percebemos que existem nuances de mercados e tempo específicos de projetos e produtos em que um PO pode ou não ser mais efetivo que outro, com perfil diferente. Calma, vamos detalhar um pouco mais nossas ideias sobre o assunto.

O problema

Bom, o problema que temos que resolver é: a empresa é ágil e está crescendo, precisamos expandir a quantidade de projetos e linhas de produtos. Cadê os Product Owners para ajudar nessa tarefa? A primeira coisa a tentar descobrir no processo seletivo é o nível de conhecimento dele em quatro backgrounds que consideramos essenciais para o cargo. Cada um deles exige um nível diferente para cada tipo de projeto, mas é necessário que o PO tenha algum grau de conhecimento em todos eles.

O processo

A criação de um app para o mercado B2C, por exemplo, exige um perfil com mais conhecimento em UX, enquanto o desenvolvimento de um site responsivo para um meio de pagamento necessita muita engenharia por questões de integração e segurança. A partir dessa avaliação, montamos um diagrama como no exemplo abaixo:

Avaliação-PO

Quanto maior for a “mancha” no interior do círculo, mais chance temos de ter encontrado um bom candidato. Cada área deve ser avaliada de acordo com o projeto em questão. Neste exemplo, o perfil oferece mais conhecimento em UX do que engenharia, se encaixando portanto em um projeto B2C, por exemplo. Essa avaliação é feita normalmente por meio de entrevistas e análise de currículo e experiências.

Também precisamos avaliar durante o processo seletivo questões essenciais para o cargo, como conhecimento de teoria e prática de ágil, facilitação de processos, experiência em elaboração de histórias e organização de sprints, habilidade no relacionamento com stakeholders, etc. Algumas dessas características são facilmente avaliadas a partir da experiência profissional do PO. Outras, porém, são mais subjetivas e requerem habilidade do recrutador para diferenciar o nível de cada pessoa.

O “depois”

Após o recrutamento, é hora de nos preocupar com a evolução profissional do PO e inseri-lo na cultura da empresa. Para isso, promovemos treinamentos, coaching one to one, participação em eventos e atividades para desenvolver cada uma das habilidades dos contratados e, assim, maior equilíbrio. Entre essas atividades estão eventos como o Coders on Beer, Dojos sobre temas de produtos, talks constantes sobre tecnologias e engenharia ágil e sugestões de artigos e materiais de leitura, bem como discussões sobre como lidar com os diversos tipos e perfis de clientes e retrospectivas de projetos diferentes.

A conclusão é um capítulo de POs com bastante comunicação entre si, com o time e com clientes, o que facilita e promove o sucesso de nossos projetos. Vou falar um pouco sobre isso e dar mais detalhes da nossa experiência no próximo Scrum Gathering, em agosto. Se você tiver interesse, faça sua inscrição.

Alguma dúvida, sugestão ou crítica sobre o assunto? Aproveite o campo abaixo!