Desenvolvimento

18 jul, 2014

Especial Google I/O: entenda a proposta e suas oportunidades para o mercado freelancer

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Em uma série especial de artigos, vamos entender como designers e desenvolvedores podem (e devem) tirar proveito da nova linguagem e design dos produtos do Google, apresentados na última Google I/O, uma conferência para quem trabalha com desenvolvimento web ou usa os produtos e serviços do Google, como o Android e Chrome. É um encontro feito para reunir os desenvolvedores independentes e as equipes internas da empresa, para tratar de tecnologia em um nível altamente técnico. O I/O começou em 2008 e seu nome tem duas interpretações o I (para input: entrada) e O (para Output: saída), usada na computação ou “Innovation in the Open“.

Resumindo, é um encontro de desenvolvedores para falar de tecnologia. Uma das perguntas feitas por lá foi:

What if pixels didn’t just have color, but also depth? (ou seja, “E se os pixels não tivessem somente cor, mas também profundidade?”)

A proposta do Google

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Com essa pergunta, as equipes iniciaram a apresentação de um novo conceito que a empresa criou e apresentou para todos os envolvidos com tecnologia web, mobile e aplicativos. Essa proposta tem mais camadas do que pode parecer e vamos tentar entender quais são elas e qual a sua influência no trabalho de dois grupos de freelancers específicos: os designers e os programadores.

Com os novos lançamentos do Android L Developer preview, Android Auto, Android TV e Android One, além das novidades para o Android Wear, Chromecast e Chrome OS, estamos mais próximos de um futuro onde tudo acontece na nuvem – no qual vamos precisar apenas de terminais simples para utilizar os serviços e conteúdos que teremos à disposição online. O objetivo será, por fim, adaptar-se totalmente ao consumidor, seus interesses e necessidades. Os sites e plataformas digitais precisarão ser extensões desse indivíduo que vai funcionar 100% conectado.

Segundo o Google, muitos websites continuam entregando uma experiência mobile muito pobre para seus usuários e eles gostariam que os desenvolvedores (e designers) entendessem em profundidade a diferença entre uma boa experiência mobile e o que vem sendo feito hoje em dia. Para ajudar a mudar esse quadro foi desenvolvido um conjunto de princípios – vamos falar sobre isso em outro artigo – para melhorar a experiência do usuário, focados em design e desenvolvimento de alto nível.

É preciso atentar que esses serviços e conteúdos vão estar sempre com o usuário. Eles não estarão presos nos aparelhos, contudo se tornarão uma parte fundamental da experiência, seja no Android, no Chrome, ou em qualquer outro sistema que use esta ou outra plataforma integrada de desenvolvimento.

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Esses princípios que citei acima ilustram como criar experiências que beneficiam a interação com o ambiente móvel, seja para comprar, acessar, experimentar através de sites, plataformas ou aplicativos.

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Mas para chegar neste ponto de afirmar que tudo está errado e apresentar um caminho foi necessário fazer vários estudos (com mais de 100 sites), através do Google User Experience Research em parceria com o AnswerLab, e mais 119 pesquisas com usuários de Android e iOS para testar os padrões de usabilidade, compras, reservas e outros processos feitos em um smartphone, chegando as conclusões apresentadas.

O conjunto de princípios de Design para um mundo web móvel melhor é o resultado dessa pesquisa e aponta o início do caminho que a empresa quer que os profissionais sigam. E essa é a proposta, um novo modelo amplo de desenvolvimento e projeto, que visa padronizar o acesso a plataformas em qualquer device existente ou que ainda vá ser criado.

O Google e seus parceiros têm planos muito abrangentes e eles não param na web. Querem mudar a maneira como projetamos experiências online, seja na internet, com apps ou mobile.

E para isso eles precisam que desenvolvedores e designers, além de entenderem sua proposta, “comprem” esse futuro. O que precisamos atentar é que caso o mercado comece a usar as novas plataformas da empresa, vai ser criado um novo modelo, seja de interação ou de interface e os usuários esperarão um certo tipo de Design de interface. Isso é salutar? É isso que queremos?

Então vamos analisar essas tecnologias e padrões nos dois próximos posts e tentar analisar do ponto de vista de cada profissional, as vantagens e desvantagens desse cenário. Nosso objetivo é incentivar em cada pessoa uma reflexão, buscando uma decisão mais amadurecida.

Te convido, mesmo que essa não seja a sua praia, a investigar junto comigo. Vamos? Acompanhe os próximos dois artigos, com a proposta do Google para designers e para desenvolvedores. Até lá!

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Artigo publicado originalmente no Carreirasolo.org em: http://carreirasolo.org/inovacao-2/o-google-tem-uma-proposta-para-os-freelas