Desenvolvimento

18 mar, 2016

Dez anos da nuvem AWS – como o tempo voa!

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Dez anos atrás, anunciei o lançamento do Amazon S3 em um simples artigo. É difícil acreditar que uma década se passou desde então, ou que eu tenha escrito mais de 2 mil artigos durante esse tempo.

Choque do futuro

Quando eu estava no colégio, eu li a respeito e escrevi um artigo sobre um livro relativamente novo (para 1977), intitulado Choque do Futuro (no original Future Shock). No livro, o futurista Alvin Toffler argumentou que o rápido ritmo de mudança tinha o potencial de sobrecarregar, estressar e desorientar as pessoas. Enquanto o artigo que eu escrevi há tanto tempo já virou pó, eu me lembro de ter argumentado que as mudanças eram boas, e que as pessoas e as organizações seriam melhores servidas se preparando para aceitar e lidar com elas.

No início da minha carreira, notei que alguns supostos tecnólogos eram muito melhores em se agarrar ao passado do que em mover-se para o futuro. Naquele momento, eu tinha 21 anos e tinha decidido que seria melhor para mim viver no futuro do que no passado e não apenas aceitar a mudança e o progresso, mas buscá-los ativamente. Agora, 35 anos após essa decisão, posso ver que escolhi o caminho mais interessante nessa estrada. Tem sido um privilégio poder trazer-lhes notícias da AWS por mais de uma década (eu escrevi meu primeiro artigo em 2004).

Uma década de mudança em TI

Olhando para esta última década, é bastante impressionante ver o quanto o mundo da TI mudou. É ainda mais impressionante que as mudanças não estão limitadas à tecnologia. Os modelos de negócio mudaram, assim como o idioma em torno dele. Ao mesmo tempo que as mudanças no lado dos negócios trouxeram novas maneiras de adquirir, consumir e pagar por recursos (capacitar empresas e startups no processo), as palavras que usamos para descrever o que fazemos também mudaram!

Uma década atrás, não se poderia falar sobre nuvem, microservices, aplicações sem servidor, Internet das Coisascontêineres, ou lean startup. Não teríamos praticado integração contínua, distribuição contínua, DevOps ou ChatOps. Enquanto você ainda está tentando compreender e implementar ChatOps, não se esqueça de que algo ainda mais novo chamado VoiceOps (utilizando Alexa) já começa a aparecer no horizonte.

Claro que lidar com mudanças não é fácil. Ao olhar para o futuro, você precisa ser capaz de distinguir entre distrações chamativas e tendências genuínas, mantendo-se flexível o suficiente para se adaptar, caso o nicho de ontem torne-se a tecnologia convencional de hoje. Costumo usar JavaScript para ilustrar este fenômeno. Se você (como eu), como um desenvolvedor server-side, inicialmente considerou o JavaScript uma linguagem simples, orientada somente para navegadores e preferiu ignorá-la, sem dúvida você foi pego de surpresa quando ela foi usada pela primeira vez para construir aplicações Ajax dinâmicas e ricas e, em seguida, executada no servidor na forma de Node.js.

Hoje, para ficar a par do desenvolvimento nas linguagens de programação, arquiteturas de sistemas e nas práticas recomendadas da indústria, significa gastar um tempo todos os dias melhorando suas habilidades atuais e buscando ganhar novas habilidades. Isso significa ficar confortável em um novo mundo, onde várias implantações por dia são comuns, desenvolvidas por equipes globais e geridas pelo consenso, todos mantendo-se focado na entrega de valor para o negócio!

Uma década de AWS

Odeio ter que escolher meus favoritos, mas achei interessante rever rapidamente alguns dos lançamentos da AWS e artigos que mais gostei na década passada.

Primeiro e ainda é relevante (2006) – Amazon S3. Incrivelmente simples no conceito e ainda surpreendentemente complexo por trás dos bastidores, o S3, como disse a TechCrunch na época, mudou o jogo!

Servidores por hora (2006) – Amazon EC2. Eu escrevi o artigo à beira da piscina em Cabo San Lucas. Seu lançamento era iminente há alguns meses e se tornou um fato quando eu estava prestes a pegar o avião. A partir desse começo simples (um tipo de instância, uma região e acesso somente por CLI), com a adição de recurso após recurso (a maioria deles por base de solicitações de clientes) o EC2 é tão relevante hoje quanto era em 2006.

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Facilitando o uso de banco de dados (2009) – Amazon Relational Database Service – Depois de ter passado muito tempo instalando-a, ajustando e gerenciando MySQL como parte de um projeto pessoal de longo prazo, eu estava em uma posição perfeita para apreciar como o RDS simplificava cada aspecto do meu trabalho.

Redes avançadas (2009) – Amazon Virtual Private Cloud – Com a estreia do VPC, mesmo empresas conservadoras começaram a olhar mais atentamente para a AWS. Eles viram que nós entendíamos dos desafios de criação e isolamento de redes que elas enfrentavam e ficaram satisfeitas que fomos capazes de resolvê-los.

Armazenamento de dados em escala na Internet (2012) –Amazon DynamoDB – O mercado NoSQL estava em um estado de fluxo quando lançamos o DynamoDB. Agora que a fumaça se dissipou, eu rotineiramente ouço sobre clientes que usam o DynamoDB para armazenar enormes quantidades de dados e suportar algumas taxas de solicitação bastante incríveis.

Armazéns de dados em minutos e não trimestres (2012) –Amazon Redshift – Muitas empresas medem o tempo de implementação de um armazém de dados em termos de trimestres ou mesmo anos. O Amazon Redshift mostrou-lhes que havia uma maneira melhor de começar.

Desktop na nuvem (2013) – Amazon WorkSpaces – Os desktops virtuais tornaram-se uma ferramenta de produtividade importante para mim e para os nossos clientes.

Tempo real? Quantidade de dados? (2013) – Amazon Kinesis – Capturar, processar e obter valor a partir de fluxos volumosos de dados tornou-se mais fácil e mais simples quando lançamos o Kinesis.

Um novo modelo de programação (2014) – AWS Lambda – Esta é uma daquelas tecnologias de ruptura, que mudam o jogo e que você precisa para estar pronto para ela! Fiquei impressionado pelo número de organizações tradicionais que já construíram e implantaram aplicações sofisticadas utilizando o Lambda. Minha expectativa de que o Lambda seria mais utilizado em startups que criam aplicativos a partir do zero acabou sendo errada.

Dispositivos são o futuro (2015) – AWS IoT – Potência de computação produzidas em massa e conectividade IP generalizada combinadas para permitir que todos os tipos de dispositivos interessantes possam ser conectados à Internet.

Seguindo em frente

Uma década atrás, a discussão era centrada nos riscos da adoção da computação na nuvem. Ela era nova e não comprovada e levantou mais perguntas do que respostas. Essa época passou já há algum tempo. Esses dias, ouço mais falar sobre o risco de não ir para a nuvem. Organizações de todos os formatos e tamanhos querem ser ágeis, para usar a infraestrutura moderna e serem capazes de atrair profissionais com um forte desejo de fazer o mesmo. Os empregados de hoje querem usar a tecnologia mais recente e relevante, a fim de serem tão produtivos quanto possível.

Eu posso prometer-lhe que a próxima década da nuvem será tão emocionante quanto a que acaba de ser concluída. Continue aprendendo, continue a construir e compartilhar seus sucessos com a gente!

P.s.: Como você pode ver a partir deste artigo, eu acredito fortemente no valor da educação continuada. Discuti isso com os meus colegas e eles concordaram em deixar todo o conjunto de laboratórios on-line qwikLABS e quests de aprendizagem disponíveis para todos os clientes atuais e potenciais da AWS, sem custo até o final de março. Para saber mais, visite qwikLABS.com.

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