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29 jul, 2014

Os problemas com sistemas legados: a nova geração de CMSs

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Neste artigo de duas partes, serão abordados os CMSs, que tanto ajudam as empresas a editar a publicar seus conteúdos. Na primeira parte, o foco são os problemas com sistemas legados. Na próxima, serão analisados os CMSs modernos, que são open source.

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Sistemas de gerenciamento de conteúdo, mais conhecidos como CMSs (da sigla em ingles “Content management systems”), permitem que organizações de todos os tamanhos editem e publiquem conteúdo digital a partir de uma interface amigável (ou pelo menos deveriam). Os CMSs vieram como a resposta para os gargalos técnicos, uma vez que eles permitiram que alguém não-técnico pudesse gerenciar o conteúdo. No entanto, os primeiros CMSs adotados como solução para esse tipo de problema destinavam-se apenas a ajudar as empresas a recriar a sua imagem e conteúdos impressos como sites. Naquele momento, essa funcionalidade estática não era uma desvantagem, pois o conteúdo era pouco, e estático.

Mas com a chegada da chamada “era digital”, o mercado se tornou algo ainda mais competitivo, e os conteúdos demandaram atualização constante. CMSs de segunda geração trouxeram uma gama de funcionalidades dinâmicas, que permitiram às organizações criar verdadeiros “portais de autoatendimento”, como serviços de banco online, e-commerce, sites de reserva de viagens online e muito mais.

No entanto, essas funcionalidades foram construídas em cima de tecnologias proprietárias, que não foram planejadas e agora se encontram ultrapassadas, tornado, dessa forma, quase impossível alterar o conteúdo rapidamente.

O modelo de negócio baseados em CMSs que usam (ou usavam) tecnologias proprietárias começou a falhar, e hoje pouco resta dele, que ainda realmente funciona para as empresas modernas. Aquelas que ainda usam software proprietário estão lutando para se manter contra a concorrência, pois gastam tempo, energia e foco demais lutando com seus sistemas legados.

1. Os problemas com sistemas legados

CMSs legados foram desenvolvidos antes de interfaces digitais modernas, mobile based. Hoje, os fornecedores que venderam os sistemas originais (primeira geração) ainda estão muito ocupados com básico: manutenção de um software arcaico, que traz como herança muitos bugs e total inabilidade para manter e gerir conteúdos modernos, destinados a novos dispositivos e a um novo tipo de usuário. Por isso mesmo, esses fornecedores não têm o tempo ou a visão para entregar funcionalidades inovadoras que iriam atender às novas demandas de uma organização. Como resultado, essas organizações pode produzir apenas conteúdo estático, não conseguem entregar uma experiência de usuário moderna que mantenha o ritmo com as expectativas do mercado.

2. Os sistemas legados são caros

O investimento inicial em software proprietário é da ordem de milhares ou milhões de dólares, e esse gasto é apenas com as licenças. Após o investimento inicial, na maioria dos casos, a cada ano os clientes têm de pagar cerca de 20% do total das taxas de licença para o acesso a serviços e suporte – utilitários que ainda não serão capazes de oferecer uma experiência de usuário moderna. Na verdade, os clientes não estão pagando pela inovação, eles estão pagando a conta de suporte de uma tecnologia e fazendo um modelo de negócio de morrer. Pagar por esse tipo de serviço, ano após ano, não é apenas doloroso – ou inteiramente fora do alcance de pequenas, médias e organizações públicas -, mas também drena a receita potencial, frustra seu público-alvo e leva clientes para concorrentes mais inovadores.

3. Sistemas legados causam mais problemas do que resolvem

Fornecedores de sistemas legados já não podem se manter alinhados com as noções básicas de novas interfaces – para a maioria de seus clientes, deve compensar as deficiências dos sistemas legados com remendos, utilizando vários sistemas para gerenciar sua vida social, e-commerce e outros serviços. E sistemas legados ainda necessitam de equipes com conhecimentos específicos nesses CMSs legados para construir sites para novas campanhas, criando “webmasters gargalos” de semanas, meses ou anos. Na verdade, muitas organizações usam ainda uma outra camada de serviços para gerenciar solicitações de mudança web. Esse modelo é um obstáculo para colaboração, agilidade e crescimento para ambos os departamentos de marketing e de TI: Marketing não pode lançar novas campanhas, e não pode se concentrar em seus próprios objetivos críticos.

4. Sistemas legados limitam potencial

CMSs legados são construídos em código proprietário, logo o seu potencial criativo e as possibilidades estão ligadas às tecnologias ultrapassadas do seu fornecedor e aos recursos limitados de desenvolvimento. Quando você perceber que seus fornecedores empregam, em média, 50 desenvolvedores, vai começar a notar o quanto do seu potencial está diretamente ligado à qualidade e qualidade desses poucos funcionários, e ligados diretamente à visão e viabilidade de um único fornecedor, que muitas vezes tem de atender às necessidades de sua empresa e muitas outras, não focando diretamente na sua necessidade, pois não partilha por inteiro da sua visão de negócios.

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Confira na próxima parte do artigo os CMSs modernos, que são open source.