APIs e Microsserviços

22 ago, 2016

Como a “economia das APIs” estimula a integração entre apps

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O comportamento das pessoas mudou. Hoje, estamos conectados 24 horas por dia, por meio de smartphones, tablets etc. Vivemos no mundo das facilidades e da rapidez, em que a experiência do usuário é o foco da criação e do desenvolvimento de novos produtos e serviços. Esse novo cenário foi um dos estimuladores da “economia das APIs”.

Até 2017, segundo a consultoria Gartner, estima-se que 75% das mil maiores empresas do mundo vão disponibilizar o acesso a seus sistemas por meio de APIs públicas, com o intuito de desenvolver novos serviços, recursos ou produtos de TI.

Hoje, essa tendência deixa de ser assunto restrito a profissionais de TI, pois faz parte da estratégia das empresas. Ela abre portas para novos negócios e iniciativas que visam a redução de custos, a praticidade e a rapidez. Para os desenvolvedores, é mais um novo mercado que cresce, resolvendo questões como segurança, desempenho e padronização.

Papéis na “economia das APIs”

Existem diferentes frentes dentro dessa nova economia: os fornecedores, os consumidores da API e os consumidores finais.

  • Os fornecedores expõem as informações relevantes;
  • Os consumidores da API criam em cima da API disponível;
  • Os consumidores finais são o foco dos demais; eles movem a “economia das APIs”, pois são os usuários dessas integrações. Para eles, interessa apenas se a tecnologia atende às suas necessidades.

Desses três papéis citados, o foco sempre é o consumidor final, pois é ele o usuário do benefício, como um passageiro do Uber, por exemplo. Contudo, o consumidor final não está necessariamente apenas no mercado B2C: ele também pode estar no B2B, como as empresas de contabilidade que utilizam a plataforma da Nibo (ferramenta de gestão online para empresas de contabilidade), ou no mercado C2C.

A “economia das APIs” é lucrativa?

Existem diferentes formas de “ganhar dinheiro” nesse novo cenário: receita direta, canal de distribuição, marketing e diferenciação… Neste artigo, vamos focar a diferenciação.

Quando empresas de solução em nuvem e negócios similares se integram, geram receita por diferenciação, pois melhoram os benefícios que oferecem a seus clientes. Dessa forma, aumentam a fidelização e ainda ganham mais visibilidade no mercado. Esse tipo de estratégia gera muitas oportunidades de parceria, e podemos ver isso principalmente entre serviços do modelo SaaS.

Surgem desse esforço, muitos benefícios:

  • Novas funcionalidades;
  • Redução de custos pela diminuição do trabalho operacional;
  • Informações sobre o negócio e seus clientes.

Um exemplo disso é a integração da plataforma de CRM Salesforce com o Zendesk, de atendimento online: ela permite aos atendentes ter uma visão completa do cliente no momento da interação, por meio da troca de informações entre as plataformas.

O mesmo ocorreu com a infraestrutura financeira iugu e o Atende Simples, solução em atendimento telefônico, que disponibilizaram a emissão da segunda via de boleto de pagamento pelo telefone. O consumidor gera a nova fatura apenas seguindo os passos de mensagens gravadas, sem falar com nenhum atendente da empresa.

Essas integrações entre plataformas são tão importantes e vem crescendo tanto que hoje temos empresas especialistas nisso, como é o caso da Pluga, que permite a integração entre sistemas sem que os clientes precisem mexer em código.

Ou seja, essa nova economia está estimulando novos negócios o tempo todo, e todos têm um objetivo em comum: diminuir o trabalho operacional e, então, reduzir custos.

Conclusão

A API funciona como um elo entre dois serviços, permitindo que atuem individualmente e integrados ao mesmo tempo. Ela precisa fazer parte da estratégia de negócios digitais de uma empresa, afinal, é o ponto de convergência para disponibilizar um negócio a novos parceiros e clientes.

Há uma revolução nos negócios em todo o mundo, e não apenas para empresas digitais ou de serviços, mas para todos os setores. A integração entre diferentes plataformas se torna cada vez mais uma forma de aumentar a receita das empresas.